Política nacional vai incentivar criação de ovinos e caprinos

Objetivo é padronizar os processos, garantir a regularidade no fornecimento da carne e melhorar qualidade dos produtos

Para aumentar o rebanho de ovinos e caprinos para produção de carne, lã, couro, leite e outros derivados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou a Política Nacional de Incentivo à Ovinocaprinocultura, por meio da Lei 13.854, publicada na terça-feira (9/07), no Diário Oficial da União.

O plano é padronizar os processos com o objetivo de garantir a regularidade no fornecimento da carne e eficiência na produtividade. Também é voltado para melhoria da qualidade dos produtos, segurança alimentar e o combate ao abigeato (roubo de rebanhos), por meio da regularização do abate e do comércio de produtos da ovinocaprinocultura.

A legislação também prevê o estímulo à fabricação industrial, familiar e artesanal dos produtos de ovinos e caprinos; pesquisa, assistência técnica e extensão rural; modernização tecnológica e de gestão das cadeias produtivas. Terão destaque o melhoramento genético dos animais, com o desenvolvimento de raças mais produtivas, adaptadas e capazes de gerar produtos de melhor padrão de qualidade para o consumidor.

O rebanho de caprinos do Brasil cresceu 16,1% entre 2006 e 2017, segundo o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo o país, o número de animais passou de 7,1 milhões para 8,2 milhões no período.

A quantidade de cabeças de caprinos no Brasil alavancou em três regiões: Nordeste (de 6,4 milhões para 7,6 milhões, ou 18,3%), Norte (139,7 mil para 188,6 mil, ou 35%) e Centro-Oeste (75,9 mil para 108,8 mil, ou 43,3%). Apenas as regiões Sul e Sudeste apresentaram redução do rebanho caprino entre os anos analisados pelo IBGE.

O Censo Agropecuário revela ainda que o número de estabelecimentos agropecuários voltados à caprinocultura saltou de 286,6 mil para 333,9 mil entre 2006 e 2017, representando um crescimento de 16,5%. Além disso, o comércio de animais teve expansão de 65%, saltando de 1,15 milhão para 1,90 milhão de cabeças. O avanço se reflete no valor total obtido com a venda desses animais em 2017: R$ 290 milhões, quase 300% a mais do que os R$ 73 milhões, registrados em 2006.

Em 11 anos, o preço médio de venda dos caprinos foi de R$ 63,64 para R$ 153,06, alta nominal de 14% ao ano.

Mas o número de ovinos, no período, teve uma leve queda de 2,8%. Apesar da retração nos níveis nacionais, o Nordeste, região responsável por quase dois terços do rebanho brasileiro, teve acréscimo de 15,9% no número de cabeças de ovinos entre 2006 e 2017.

O rebanho dos noves estados nordestinos subiu de 7,7 milhões para 9 milhões. As outras regiões, entretanto, apresentaram baixa no total de animais. Mesmo com a pequena queda no rebanho ovino, o número de estabelecimentos voltados à criação desses animais cresceu 20% (de 438,6 mil em 2006 para 526,2 mil no ano passado).

Fonte: Agro Link

Abate de bovinos registra alta de 4,1% no 2º tri

Números foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE

Os produtores brasileiros abateram 8,08 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre de 2019, um aumento de 2,4% em relação ao primeiro trimestre, segundo os resultados preliminares das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o segundo trimestre de 2018, houve crescimento de 4,1%. A produção totalizou 2,01 milhões de toneladas de carcaças bovinas no segundo trimestre deste ano, uma alta de 3,6% em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2018, o avanço foi de 5,5%.

Foto: Portal DBO

Exportações de carne de frango sobem 11% no primeiro semestre de 2019

Setor teve receita acima dos US$ 3 bilhões no período, sendo a China, que enfrenta surto de peste suína, o principal mercado comprador da proteína.

As exportações brasileira de carne de frango subiram 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na quarta-feira (10 de julho).

Nos seis primeiros meses de 2019, o desempenho dos embarques alcançaram 2 milhões de toneladas contra 1,836 milhão de toneladas enviadas ao exterior no ano passado.

Em receita, a alta chegou a 14,9% no período, com mais de US$ 3,408 bilhões em vendas neste ano ante US$ 2,964 bilhões em 2018.

A China, principal destino das exportações brasileiras, incrementou suas compras em 22,6% entre janeiro e junho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 257,9 mil toneladas.


Um dos motivos da alta é o surto de peste suína que atinge o país e fez os chineses buscarem outras proteínas para suprir a demanda por carne.

A União Europeia elevou suas compras em 21%, chegando a 129,9 mil toneladas no primeiro semestre.

Desempenho em junho

No desempenho mensal, os embarques de carne de frango subiram 64% em junho na comparação com o passado, totalizando 386,2 mil toneladas contra 235,4 mil toneladas no mesmo mês de 2018.

Em receita, houve elevação de 76,6%, com saldo total de US$ 639,6 milhões contra US$ 362,2 milhões realizados em junho do ano passado.

Fonte: G1