Investir na terapia da vaca seca é uma necessidade para controlar os casos de mastite, que é a inflamação dos tecidos da mama.
Embora a secagem possa acontecer de forma natural, quando se fala em terapia de vaca seca é feito o uso de antibióticos, que são introduzidos de forma intramamária, após a última ordenha.
Esse processo é chamado de “antibioticoterapia” e traz benefícios como:
Quando se fala na terapia da vaca seca e no uso de antibióticos, muitas pessoas podem achar que o uso da medicação afeta a qualidade do leite, mas isso não ocorre.
O mais importante é investir na cura e prevenção da mastite. Para isso, o profissional é o responsável por indicar o antibiótico que tenha concentração e tempo de ação adequados.
Ao investir na terapia da vaca seca, é fundamental que o medicamento tenha tempo prolongado de ação e seja bem difundido no úbere.
A composição do antibiótico deve ter concentração suficiente para eliminar os patogênicos que causam a mastite.
Outra necessidade é terem liberação lenta, que possa atuar de forma prolongada durante o período seco, garantindo que a terapia seja benéfica para o animal.
A terapia da vaca seca deve ainda prevenir novas infecções, minimizando o risco para problemas de origem ambiental, pela introdução do selante no canal do teto.
Ao usar os selantes é possível intensificar os bons resultados durante a terapia da vaca seca, pois eles fazem um bloqueio físico entre o ambiente externo e o interior, resguardando a glândula mamária.
O bom controle dos casos de mastite passam pela terapia da vaca seca. Estudos apontam que cerca de 80% das infecções são eliminadas com o procedimento.
Além disso, a terapia da vaca seca também previne até 80% das novas infecções, que podem se manifestar no período seco.
Se você é pecuarista fique atento para o uso combinado do antibiótico mais selante, e veja como garantir que seus animais tenham mais saúde e bem-estar.
Quando se faz a correta secagem da vaca, também é possível ter uma maior produção de colostro, que é o primeiro leite que o bezerro recebe, sendo fundamental para ativar seu sistema imunológico.
Toda vaca passa pelo chamado “período seco”, que acontece entre duas lactações, ele se dá entre a chamada secagem, que é quando interrompe a extração de leite até o parto seguinte, quando ela volta a amamentar o filhote.
O ideal é que a secagem da vaca seja feita 60 dias antes do próximo parto, para que aconteça o correto descanso do úbere, ou seja, da mama da vaca, promovendo a formação de alvéolos, que são as unidades secretoras do leite, para que estejam preparados para a nova lactação.
A terapia da vaca seca, depois do momento inicial, com a aplicação do antibiótico e selantes, também envolve uma adaptação do ambiente.
É importante que o animal seja colocado em outro espaço que não seja o lugar de ordenha que está acostumado, pode ser o pasto ou um piquete afastado do curral.
O cuidado com o animal envolve a adequação da alimentação e a correta hidratação, onde é preciso oferecer água em abundância.
Nessa fase onde é feita a terapia da vaca seca, a orientação é que ela não seja ordenhada, mesmo que o úbere esteja cheio de leite, o organismo do animal se encarregará de absorvê-lo.
Em aproximadamente duas semanas, o animal não estará mais produzindo leite.
O período que vai do final da lactação até o início do período seco, é ideal para que seja realizado o casqueamento preventivo dos animais.
É um momento que a vaca fica em local seco e sem muitos animais por perto, isso ajuda os cascos se recuperam mais rápido.
O casqueamento corrige o crescimento anormal dos cascos e auxilia para a correta distribuição do peso entre as unhas, além de identificar possíveis lesões que podem acontecer durante a lactação.
A correta terapia da vaca seca é fundamental para a preservação da saúde do animal, assim como para sua boa produtividade. Informe-se.
Fontes: Fundação Roge; O Presente Rural; Educa Point; e Animal Business.