Alimentação do gado: como você tem feito o armazenamento dos insumos?

Quem investe em pecuária, seja de corte ou leite, sabe a importância de planejar a alimentação dos animais, pois isso será definitivo para a produtividade. Juntamente vem o cuidado com o armazenamento dos insumos, pois além de saber o que será oferecido, é preciso cuidado no manejo.

Quando o armazenamento de insumos é feito de forma correta, além de evitar que algo falte, também é possível garantir sua qualidade, fundamental para a nutrição do gado.

Muitas propriedades produzem seus próprios insumos, como opção para diminuir os custos, mas de nada vai adiantar se eles não forem corretamente armazenados.

 “Sabemos que é muito importante, em todo o sistema produtivo da pecuária, do gado de corte e de leite, o planejamento de insumos. Sempre pensamos: vou alimentar com o que? E às vezes o consumo é muito mais elevado do que a compra. Então é muito importante fazer o planejamento, saber qual dieta irá utilizar, pelo menos por um período prévio mínimo e se planejar para isso, para que no meio do sistema não precise comprar mais, ou não perca, não falte insumos”, alerta Jonathas Bonaldo, Médico Veterinário da Nutrimais Saúde Animal.

Ele também ressalta a importância do correto armazenamento dos insumos.

“Usamos como exemplo uma silagem de capim que, assim como os grãos, é preciso saber armazenar. Tenha um barracão apropriado, evite que o insumo entre em contato com chuvas, com sol, para não perder a qualidade desse ingrediente”, conclui Jonathas. 

Armazenamento dos Insumos

Mais de 90% do gado criado no Brasil é alimentado no pasto, com a forrageira.

Acontece que em períodos de seca essa alimentação fica escassa, sendo fundamental ter um planejamento sobre o que será servido aos animais, durante o período.

Bem como fazer o correto armazenamento dos insumos.

Em propriedades que produzem o alimento do gado, são necessárias ações que garantam um alimento conservado em bom estado, longe de bactérias, fungos e outras ações que podem afetar a saúde dos animais.

Um problema que, vez ou outra é registrado, é o botulismo, causado pela bactéria Clostridium botulinum.

Também conhecida como doença da vaca caída, o botulismo ocorre quando o gado recebe pastagens deficientes em fósforo, suplementação inadequada ou alimentos contaminados.

Por isso é tão importante fazer o correto armazenamento dos insumos, sais minerais e ração.

Além de prevenir doenças, a ação evita prejuízos que, podem vir pela perda dos itens, ou até de animais, devido a alguma doença.

Como fazer o armazenamento dos insumos?

Para quem tem dúvidas sobre a melhor forma de fazer o armazenamento dos insumos, acompanhe as dicas a seguir.

Uma opção é montar estrados de madeira e colocá-los em cima, assim, evita-se a umidade que pode alterar a qualidade da ração.

Quando falamos de armazenamento de insumos, temos que lembrar que esses fatores naturais podem prejudicar a qualidade dos alimentos que estão guardados.

Excesso de frio ou calor podem prejudicar o bom armazenamento dos insumos.

RAÇÃO PARA ENGORDA DO BOI: O QUE É PRECISO AVALIAR AO ESCOLHER?

Outra questão relevante é a umidade, por isso, não encoste os itens na parede, deixe sempre um corredor de ventilação com espaço suficiente para uma pessoa passar.

Outros itens também devem ser verificados com frequência, especialmente quanto a sua validade.

Ter o controle dos insumos armazenados é diminuir o risco de prejuízos que virão com os descartes.

Opte por um espaço que seja exclusivo para o armazenamento dos insumos para alimentação, isso facilita o controle.

Outras dúvidas, de acordo com a realidade e particularidade da propriedade, podem surgir.

Para ter um planejamento quanto ao melhor armazenamento de insumos, conte sempre com a orientação de um profissional.

Fontes: Nutrimais; Portal do Agronegócio; Lonax; e Premix.

Fique atento para os casos de mastite e evite prejuízo na cadeia leiteira

Produtores que atuam com pecuária leiteira sabem o quanto a mastite pode ser preocupante.

Trata-se de uma inflamação na glândula mamária da vaca leiteira, podendo atingir entre 20 e 38% do rebanho.

Com isso, a mastite também impacta financeiramente nos negócios, estimando uma perda aproximada de 12 a 15% da produção.

Uma dúvida muito comum, é se o leite da vaca que tem mastite, pode ser fornecido ao bezerro.

“Temos que lembrar que o leite proveniente de uma vaca que tem mastite clínica é o leite de descarte e geralmente ele vai conter pus, sangue e um grande volume de bactérias, então não é recomendado para o bezerro”, esclarece o Médico Veterinário da Nutrimais Saúde Animal, Jonathas Bonaldo.

O profissional pontua também que, “se dentro da propriedade, o produtor escolhe fazer o aleitamento do bezerro com o leite materno, ele tem que usar um leite de qualidade”.

Diante da mastite e para diminuir o custo, uma opção é escolher outro alimento que tenham as mesmas propriedades do leite, sem causar prejuízo nenhum para a produção.

“Lembrando que, não podemos fornecer o leite de vaca proveniente de mastite clínica, porque podemos ter um problema muito grande na propriedade, podendo levar os animais a óbito, o animal ter diarreia e não conseguirmos tratar”, alerta Jonathas.

Mastite

Micro-organismos que colonizam o canal do teto se multiplicam, causando a inflamação denominada de mastite.

Ela pode ser:

O primeiro sinal de alerta é a queda da produção, sendo que a principal consequência para os produtores é o prejuízo.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) estima que rebanhos atingidos pela mastite subclínica produzam entre 25 e 42% menos leite.

É preciso que os pecuaristas, bem como suas equipes, fiquem atentos, pois para cada caso de mastite clínica, acredita-se que há entre 15 e 40 casos de mastite subclínica.

O diagnóstico é feito com a contagem de células somáticas (CCS) e California Mastitis Test (CMT).

Outro sintoma comum é que as vacas fiquem com os tetos inchados e vermelhos.

A mastite clínica se apresenta em três níveis, de acordo com sua gravidade: 1 – apenas alteração no leite; 2 – alteração no leite e no teto; e 3 – outros sintomas na vaca, como febre e perca de apetite.

O diagnóstico se dá pelo teste da caneca de fundo preto, feito antes das ordenhas.

Os primeiros jatos do leite são retirados para observar as possíveis alterações.

Evite a Mastite

Algumas ações a serem realizadas dentro da propriedade podem ajudar a manter a mastite longe do rebanho.

Elimine a matéria orgânica com frequência e deixe o ambiente arejado.

Outra dica é manter as moscas longe do rebanho, pois elas facilitam a contaminação.

Fique atento para que os equipamentos estejam operando corretamente, com borrachas em bom estado e pressão de vácuo normal.

CONTROLE LEITEIRO É EFICAZ PARA SELECIONAR AS VACAS DENTRO DA PROPRIEDADE

Os tetos das vacas também precisam ser limpos e secos antes que os equipamentos da ordenha sejam colocados.

Elimine os primeiros jatos de leite, observando se há coágulos que possam indicar a mastite.

Promover o conforto térmico diminui o risco de mastite.

O indicado é fazer exames diagnósticos que identifiquem os agentes causadores.

É importante ressaltar que são variados os patógenos causadores da mastite e a identificação deles é que irá direcionar o tratamento.

O protocolo indicado para cada animal deve ser definido, de forma individualizada, por um médico veterinário.

A equipe que trabalha na propriedade deve atuar em conjunto, para evitar os casos da mastite e cuidar da saúde dos animais infectados.

Fontes: Nutrimais; Embrapa; Fundação Roge; Canal Rural; e Prodap.  

A sodomia bovina é comum em confinamentos, mas pode ser controlada

A sodomia bovina consiste no ato de um animal montar o outro e, controlá-la, é um grande desafio para pecuaristas de gado de corte.

Esse comportamento é encontrado em machos inteiros e pode levar o animal a ter lesões ou até morrer.

“A sodomia bovina é uma alteração bem comum em confinamentos e entre as principais causas está a questão hormonal, quando falamos de animais mais novos, entrando na puberdade. Esse é um motivo de levar os animais a quererem montar uns nos outros, porque com os hormônios mudando, gera essa monta constante”, explica o médico veterinário da Nutrimais Saúde Animal, Jonathas Bonaldo.

Mas a sodomia bovina pode afetar também animais mais velhos.

“Quando falamos em confinamento, em animais mais velhos, devemos pensar em alteração do manejo do confinamento. Por exemplo, a separação de lotes de animais com diferença muito grande entre porte ou idade, isso gera dominância e o animal quer dominar o outro pela monta. Quando falamos em lotação muito alta, isso também gera estresse muito alto, levando os animais a quererem montar no outro”, completa Jonathas. 

CREEP-FEEDING E CREEP-GRAZING: SAIBA A IMPORTÂNCIA DELES DENTRO DA PECUÁRIA

Também é importante que o pecuarista esteja atento para a oferta de comida nos cochos.

Quando eles não estão devidamente abastecidos, ou existe dificuldade para que os animais tenham acesso ao alimento, é gerado estresse que, muitas vezes, leva ao comportamento de sodomia bovina.

Sodomia Bovina

A sodomia bovina é mais comum em animais confinados do que entre os criados soltos no pasto.

Isso acontece porque a disponibilidade de espaço facilita o deslocamento maior do bovino que está sendo perseguido.

Com isso, o espaço reduzido dos confinamentos, a necessidade de dominância e o clima mais quente, acabam sendo um agravante.

A sodomia bovina pode atingir diferentes raças e cruzamentos, sendo um dos principais problemas registrados em sistema de confinamento.

Quando não é controlada, a sodomia bovina pode levar o pecuarista a ter prejuízos significativos que são ocasionados por:

Evite a Sodomia Bovina

Uma das práticas capazes de diminuir a sodomia bovina é a castração dos novilhos em engorda, mas é preciso cuidado ao optar por ela.

A castração pode comprometer o desempenho do gado que está confinado que ganha de 10% a 15% menos peso que o boi inteiro, um prejuízo significativo.

Existem ações que podem ser bastante eficientes no controle da sodomia bovina, causando menos prejuízos. Selecionamos algumas:

Lembre-se que, controlar a sodomia é possível, e isso garantirá a saúde e produtividade do animal.

Assim sendo, também ficará garantida uma maior lucratividade do pecuarista.

Fique atento ao seu rebanho e invista em manejo de qualidade e no bem-estar dos animais.

Fontes: Nutrimais; Cursos CPT; Agrolink: e Realh.

Controle leiteiro é eficaz para selecionar as vacas dentro da propriedade

Ao falar de controle leiteiro é importante entender que, mais significativo que os picos de lactação é a sua regularidade.

A avaliação geral de uma vaca deve considerar também a reprodução, avaliando o numero de partos e o volume de leite produzido.

“O controle leiteiro é uma das mais importantes informações dentro de um rebanho leiteiro. Ele consiste no registro da pesagem individual, periódica e regular, do leite produzido em 24 horas, essa informação é uma excelente ferramenta para que seja possível selecionar as vacas dentro da propriedade”, aponta Bruna Gasparini, Zootecnista da Nutrimais Saúde Animal.

Ela pontua que é possível orientar, de acordo com o manejo de ordenha daquele determinado grupo de vacas, em relação a nutrição, de acordo com o volume produzido de leite.

“É possível também decidir a respeito da secagem de determinada vaca e definir a questão da seleção desse animal dentro da propriedade. O ideal é que todas as vacas da propriedade tenham a sua produção de leite controlada”, completa Bruna.

Quando se faz o controle leiteiro é possível conhecer a produção diária de cada animal, além de estimar o que será produzido mensalmente.

6 DICAS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DE LEITE DO SEU REBANHO

O ideal é que esse controle leiteiro seja feito em todo o rebanho, mensalmente, lembrando que, se a vaca é ordenhada mais de uma vez ao dia, é preciso somar o volume total produzido.

Hoje existem softwares bastante eficientes, que auxiliam no controle leiteiro, armazenando também o histórico da vaca.

É importante registrar o nome e número da vaca, seu lote e a produção do dia.

Outras informações relevantes são o seu estado reprodutivo, data do último parto e dias em lactação.

Quanto à secagem das vacas ela deve ser feita 60 dias antes do parto, independente da produção, pois existe a necessidade de descanso.

Mas quando a produção se torna muito baixa, mesmo a vaca estando em outra fase, é recomendado secar.

Controle leiteiro

O controle leiteiro pode ser oficial, quando é feito por instituições credenciadas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que emitem laudos sobre a produtividade e composição do leite.

Pode não ser oficial, mas tão importante quanto, porque é realizado pelo produtor, sendo fundamental para acompanhar a produção do animal.

Quem investe na comercialização do gado do leite, deve levar em consideração o controle leiteiro oficial.

Através dele, fica mais fácil precificar o animal, baseado no resultado da sua produção.

Dentro da propriedade, fazer o controle leiteiro auxilia para a tomada de decisão em relação ao rebanho, tornando-o mais produtivo.

Para quem ainda não faz o controle leiteiro, a dica é iniciar pelas vacas que pariram recentemente, entre 05 e 45 dias.

Depois siga acompanhando os animais até o final da lactação.

Assim a atividade fica mais eficiente e fácil de controlar, porque vão entrado animais novos aos poucos.

Quando o controle leiteiro é feito, os resultados podem apontar de forma clara, alterações necessárias para uma maior eficiência do rebanho.

Entre as possibilidades estão:

+Leite

Para auxiliar os pecuarista a potencializarem a produtividade do rebanho, a Nutrimais disponibiliza o +Leite, um suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de leite de todas as idades e em todas as suas fases de criação.

Associado aos aditivos Probióticos e Prebióticos (beta glucanas, mananoligossacarideos e glucomananos), Levedura seca de cana-de-açúcar, aminoácidos, macro e microminerais.

É sempre interessante lembrar que, para ter um rebanho leiteiro produtivo é importante investir na saúde e qualidade de vida dos animais.

Manejo alimentar, melhoramento genético, instalações adequadas e processo de ordenha estão entre os fatores que podem influenciar na baixa da produção.

Ao fazer o controle leiteiro, conte com o acompanhamento de um profissional capacitado que poderá fazer alterações nos processos para reverter possíveis perdas.

Fontes: Nutrimais; Fundação Roge; Gado Holandês; Prodap; e Cursos CPT.

Engorda de boi no cocho: Invista em suplementos e na estrutura do local

Uma opção para os pecuaristas é fazer a engorda do boi no cocho e o segredo para uma boa rentabilidade é estar atento aos detalhes.

O mais importe é investir na alimentação correta, para que a engorda no cocho atinja o padrão esperado.

Em sistemas de confinamento, para engordar boi no cocho, cada animal precisa consumir 12,5% do peso vivo, diariamente.

A água também é fundamental para garantir a boa saúde dos animais. Eles precisam ter bebedouros sempre limpos e livre demanda.

Gado em confinamento tem na ração sua principal fonte de engorda e tudo é oferecido no cocho.

A engorda de boi no cocho precisa de uma ração que combine volumosos, proteínas, energéticos, suplementos minerais e vitamínicos, além de aditivos no concentrado.

O espaço indicado no cocho é de 70 centímetros para cada animal, assim, todos podem ter acesso ao alimento ao mesmo tempo.

A engorda do boi no cocho, em sistema de confinamento, tem ganhado força.

A Scot Consultoria prevê uma taxa de crescimento de 8% no confinamento em 2021, alcançando 4,93 milhões de cabeças, ante o resultado de 4,57 milhões de bovinos de 2020.

Engorda do boi no cocho e suplementação

A suplementação deve ser indicada por profissionais que atuem com nutrição animal, ela é uma aliada importante no processo de engorda do boi no cocho.

Mas é preciso estar atento ao consumo diário, porque a eficiência alimentar está em dar a quantidade certa, nos intervalos corretos.

Quando o gado se alimenta com a forragem do pasto, deve encontrar no cocho suplementos que potencializem o aproveitamento da forragem no organismo.

De forma geral, cada animal deve ingerir entre 80 e 100 gramas de sal, diariamente.

Todo alimento que for oferecido para engordar o boi no cocho, deve ser de boa procedência, para cumprir a sua função.

A Nutrimais tem o +Engorda, um suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de corte de todas as idades e em todas as suas fases de criação.

Associado aos Aditivos Probióticos e Prebióticos (Mananoligossacarideos e Glucomananos), Levedura seca de cana de açúcar.
Livre de hormônio e antibióticos, ele também auxilia no ganho de peso desejado.

A associação de aditivos prébiótico e probiótico melhora a saúde do animal, proporcionando uma melhor conversão alimentar.

Cuide dos cochos

O cocho é objeto que serve como recipiente para que os bois que estão em processo de engorda possam se alimentar, é o seu comedouro.

Escolha o cocho ideal levando em consideração se ele vai ficar no pasto ou confinamento e quantos animais irá atender.

Para engordar o boi no cocho é preciso que o animal tenha acesso facilitado até ele e assim, sinta-se confortável.

É preciso distribuir os cochos de forma que não ocorram acidentes entre os animais e em períodos de chuva, eles devem ser cobertos.

Cheque também o entorno, pois galhos, lixo, lama, a presença de outros animais, podem atrapalhar o acesso do rebanho até o alimento.

De forma geral, as propriedades optam por cochos feitos de madeira, polietileno e tambor. Fique atento as particularidades de cada um e opte pelo que tiver melhor custo-benefício.

Quanto ao posicionamento:

A cada 100 animais o recomendado é ter um mínimo de quatro metros destinados aos cochos.

É importante que os cochos supram a demanda de alimentação diária, assim, evita-se a sobrecarga, desperdícios e garante o bem-estar dos animais.

SAIBA COMO FAZER A ENGORDA DO REBANHO UTILIZANDO SUPLEMENTOS MINERAIS

Atenção ao Sal

Em casos em que os animais rejeitam o sal no cocho, os principais motivos são:

Para que se acostumem com o sabor, vale fazer uma mistura de melaço de cana e fubá, para oferecer junto e ir diminuindo a quantidade até que fiquem apenas os suplementos.

Armazenagem

A correta armazenagem e a conferência da data de validade e condições do sal também é importante.

Um alimento impróprio, por exemplo, além de não colaborar para a engorda do boi no cocho, ainda pode causar sérios danos à saúde de todo o rebanho.

Fontes: Portal DBO; Agro 2.0; Aprenda Fácil; Beef Point; e Boi Saúde

Silagem para gado: opção para confinamento e períodos de seca

A silagem é uma boa opção para a engorda do boi que vive em regime de confinamento, mas também para o boi do pasto, no período da seca.

É chamada silagem a alimentação vegetal verde, que passa por um processo de fermentação e acidificação, antes de ser oferecida ao gado. Quando feita da maneira correta, a silagem tem valor nutritivo que equivale ao da forragem verde, sendo bastante eficiente para a engorda do boi.

Já a ensilagem é todo processo de preparação da silagem, desde o corte da forragem até sua compactação e correto armazenamento. A boa vedação do silo, local onde é feito a silagem, é fundamental para que aconteça a fermentação. Também é necessário oferecer a quantidade adequada, para que o animal atinja a engorda esperada e de forma saudável.  

Em confinamento, o alimento volumoso é oferecido ao boi junto com grãos e farelos. O uso da silagem é bastante indicado para a engorda do boi, mas bezerros pequenos só devem ingeri-la sob a orientação de um profissional.

Vantagens da silagem

Investir em silagem é uma forma de garantir que o rebanho terá uma boa alimentação durante todo o ano. Essa nutrição está diretamente relacionada com a engorda do boi e a consequente produção do rebanho.

Algumas vantagens do uso da silagem são:

Quantidade ideal

Para saber a quantidade ideal de silagem que um boi precisa para a engorda, siga as orientações de um profissional.

A avaliação prévia e acompanhamento da saúde do rebanho serão fundamentais para essa decisão. Porém, existem números que são usados como referência, para o consumo diário e individual:

Quando falamos na engorda do boi, a silagem precisa ser balanceada, com quantidade e proporção baseada no tipo do volumoso, espécie de rebanho e objetivos.

SAIBA COMO FAZER A ENGORDA DO REBANHO UTILIZANDO SUPLEMENTOS MINERAIS

As opções mais utilizadas são:  

Para uma boa engorda do boi com a silagem, é comum misturar ureia e sal ao milho; e

Nesses casos são usados: farelo ou caroço de algodão, farelo ou casca de soja e polpa cítrica.

Fontes – Embrapa; Boi Saúde; Compre Rural; Lonax; e Sementes Biomatrix.  

Saiba como fazer a engorda do rebanho utilizando suplementos minerais

Quando falamos de rebanho, especificamente sobre o gado de corte no Brasil, devemos lembrar que a grande maioria é alimentada com pasto e sal mineral. 

A suplementação de minerais para aos bovinos deve ser intensificada na estação das chuvas.

Isso porque o suplemento mineral corrige a deficiência de proteína, auxiliando no aproveitamento da proteína do pasto.   

Em períodos de seca, por exemplo, é preciso fornecer ao gado o que falta em sua dieta, que é a proteína que viria da pastagem. 

Acima de tudo, esteja atento para a diferença entre o sal comum e o mineral. 

O comum tem cloro, sódio e algum iodo, não funcionando como suplementação para o gado, pois existem outras deficiências do pasto.

Entretanto, o sal mineral mistura o comum com outros minerais que ampliam o aproveitamento dos alimentos fornecidos ao gado.

No entanto é preciso estar atento, pois ele não serve para que o animal ganhe peso.

Suplementação do rebanho

A suplementação é fundamental para garantir a produção de carne. 

Os minerais desempenham funções essenciais, entre elas: 

A principal vantagem do uso de suplementos minerais é proporcionar o desenvolvimento saudável do animal, consequentemente, podendo ser usado desde os primeiros meses de vida. 

Suplementos minerais para o rebanho 

Como o próprio nome sugere, um suplemento mineral traz a suplementação para nutrir o gado. 

Ou seja, investindo em suplementação evita-se a perda de peso e garante a saúde do rebanho. 

Além de auxiliar para uma maior produção de carne, também aumenta a quantidade do leite do gado leiteiro. 

Os suplementos minerais podem trazer misturas diferentes, mas, em geral, sua base é de: 

Veja a diferença entre os suplementos minerais: 

Pode ser usado em todas as épocas do ano, potencializando a nutrição e protegendo contra a perda de peso.

Traz cálcio, ferro, enxofre sendo importante para complementar uma dieta rica em proteína e energia. 

Por exemplo: boi magro, adulto, deve consumir diariamente entre 60 e 90 gramas de sal mineral. 

Pecuária de corte coloca Brasil como maior exportador de carne do mundo

Fique atento ao melhor horário para oferecê-lo ao gado. Em geral ele traz: cálcio, ferro, zinco, fósforo e vitaminas A e E. 

É necessário ter atenção ao utilizar a ureia na suplementação do rebanho

Com ele é possível manter o peso dos animais, no entanto é preciso saber usar. 

Quando usada de forma inadequada, a ureia causa intoxicação, por isso não deve ser fornecida aos animais muito magros e nem em jejum, por exemplo.

A Nutrimais conta com suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de corte de todas as idades e em todas as suas fases de criação. 

Trata-se do +Engorda, que associa aos aditivos probióticos, prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos) e levedura seca de cana de açúcar. 

Além de usar um sal mineral de qualidade e que atenda as necessidades dos animais, fique atendo ao cocho. 

Acima de tudo, ele deve estar em locais cobertos e oferecer, no mínimo, seis centímetros lineares para cada unidade animal atendida. 

Ou seja, em cochos não cobertos fique atento a umidade, que pode empedrar o sal. 

Fontes - Portal Agropecuário; Compre Rural; Canal Rural; Nutrimais; e EduPoint.

Confinamento ou pasto? Conheça as vantagens e desvantagens para o gado

Uma dúvida comum é sobre qual o melhor sistema para o gado: confinamento ou pasto. 

Ambos têm suas vantagens e desvantagens e tudo vai depender do objetivo e disponibilidade financeira do produtor. 

Tanto o confinamento quanto o pasto podem ser bons para o rebanho.

No Brasil, o mais comum é criar o gado no pasto, seja ele de corte ou de leite. 

Mas a criação de gado em confinamento tem crescido.  

Estados como o Mato Grosso, Goiás e São Paulo são os que mais têm investido em confinamento de gado. 

Rebanho confinado x gado de pasto solto

O rebanho confinado é aquele que fica em baias ou currais, ou seja, espaços delimitados e cercados.

Já o gado de pasto fica solto, podendo explorar grandes áreas. 

Quanto ao tempo de engorda, o gado de confinamento é criado de forma padronizada. 

Existe o controle de nutrientes, com o objetivo de um ganho de peso mais rápido, mas que não afete a saúde do animal. 

Um ciclo de engorda em confinamento é de, em média, 110 dias. 

Enquanto isso, o gado que está no pasto pode levar vários meses para atingir o peso ideal para o corte. 

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL VISA EQUILIBRAR PRODUTIVIDADE E SAÚDE DO MEIO AMBIENTE

É preciso que o produtor fique atento quanto à qualidade do pasto oferecido, se o capim é apropriado e nutritivo. 

Faz parte do processo que o gado de pasto receba suplementação mineral nos cochos, especialmente em períodos de seca. 

A alimentação no confinamento é baseada em fibras como a silagem e o bagaço de cana de açúcar, podendo ser balanceada com alguns tipos específicos de ração. 

O gado de confinamento também recebe suplementação mineral, para auxiliar na sua saúde e processo de engorda. 

Confinamento ou Pasto? 

Investir em técnicas de engorda mais rápidas é uma boa opção para o chamado giro do rebanho. 

Essa renovação é muito comum no confinamento. 

A questão é que o investimento é bem mais alto do que o feito em gado criado no pasto, por exemplo. 

Depois que o ciclo do confinamento começa a rodar, fica mais viável administrá-lo, pois o investimento também representa retorno mais rápido. 

Entretanto, a principal dificuldade dos produtores é iniciar o processo, já que demanda um alto investimento. 

Tanto o confinamento quanto o pasto exigem uma série de outras estratégias para serem lucrativas: 

E claro, o controle da saúde e nutrição dos animais como um todo, seja em pasto ou confinamento. 

É isso que fará do seu negócio um sucesso. 

Financeiramente, tanto o confinamento quanto o pasto precisam de planejamento para serem bem executados. 

Vantagens e desvantagens para o gado 

Ambos os sistemas, por exemplo, oferecem vantagens e desvantagens, o que não significa que um seja melhor e outro pior. 

No entanto, criar o gado no pasto ou em confinamento são opções diferentes, que devem ser avaliadas em cada detalhe.

O mais importante é fazer as contas, pontuar seus objetivos, avaliar as condições da propriedade e buscar orientação profissional. 

Gado de confinamento

Entre as vantagens estão: 

O resultado todo mundo já conhece: com menos animais disponíveis, o produto fica mais valorizado. 

Em conclusão: maior produtividade com lucro mais rápido. 

São desvantagens desse sistema: 

Pasto

Entre as vantagens estão: 

São desvantagens desse sistema: 

Enquanto o gado pasta em um piquete, no outro o capim cresce. 

Portanto, nesse sistema, os animais alternam a sua pastagem entre os piquetes construídos, de modo a permitir que o capim cresça novamente

Ou seja, além da suplementação cotidiana, períodos de seca exigem investimento em alimentos, para que o gado não perca peso. 

Fonte – TechAg; MF Rural; Royal Máquinas e Ferramentas; Coimma; Laticínios Holandês; e Ecotrace 

Pecuária de corte coloca Brasil como maior exportador de carne do mundo

O Brasil ficou em primeiro lugar na exportação de carne em 2020, isso mostra a força da pecuária de corte.

Atualmente o país tem o segundo maior rebanho bovino do mundo.

A pecuária de corte tem uma importância bastante significativa para a economia nacional.

É chamada pecuária de corte a criação de animais com o objetivo de produzir carne, e seus derivados, para o consumo humano.

Além da carne de vaca, a pecuária de corte também engloba porcos e aves, além de cabras e carneiros.

Produtividade de carne

A pecuária de corte conta com técnicas cada vez mais avançadas em busca de alta produtividade.

Essas técnicas vão desde a criação do gado até o seu abate, visando o controle da qualidade da carne.  

Quanto melhor for a carne, mais valorizada, assim a pecuária de corte ganha maior representatividade. 

Carne de qualidade

Um dos desafios atuais da pecuária de corte é produzir em maior quantidade, com melhor qualidade e de forma sustentável.

Embora a pecuária de corte vá além dos touros e vacas, o segmento ainda e o de maior destaque.

Pensando em oferecer carne de melhor qualidade, os produtores estão focados em raças específicas.

A pecuária de corte tem priorizado animais altamente produtivos e que oferecem carne bem aceita no mercado.

As raças mais produzidas no Brasil são:

Sucesso na Pecuária de Corte

Quer ter sucesso na pecuária de corte? Fiquei atento às dicas abaixo:

Veja também: PECUÁRIA SUSTENTÁVEL VISA EQUILIBRAR PRODUTIVIDADE E SAÚDE DO MEIO AMBIENTE

Para uma pecuária de corte produtiva, esse índice deve estar acima de 80%.

Em anos desfavoráveis com ocorrência de secas, queimadas e ataque de pragas, é tolerável um índice de 75%.

A pecuária de corte usa como índice de mortalidade a divisão do número de animais mortos, pelo número total de animais do rebanho.

O aceitável é que a mortalidade de bezerros seja menor que 5%.

Abate Precoce

Um bom manejo alimentar faz o rebanho chegar ao peso ideal de abate mais precocemente.

Isso impacta positivamente na pecuária de corte, que se torna mais produtiva e rentável.

Quando existe um correto controle sanitário, com boa nutrição e melhoramento genético, o abate precoce é consequência.

O sucesso do seu investimento em pecuária de corte depende de como foi percorrido o caminho.

Fontes - Revista DBO; Coimma; Agromove; Canal Rural; Giro do Boi; e Cursos CPT.

Conheça as diferenças entre pecuária intensiva e extensiva

A pecuária intensiva e extensiva são segmentos do agronegócio que não param de crescer.

É chamada de pecuária a criação de animais para a comercialização e obtenção de renda.

O que ainda é pouco falado são as particularidades entre a pecuária intensiva e a pecuária extensiva.

Portanto, de forma geral, o que diferencia a pecuária intensiva da pecuária extensiva é o uso da tecnologia.

Além disso, também a área de ocupação que é explorada para a criação do gado.

Diferenças

Mas não é só isso, vamos falar em detalhes sobre pecuária intensiva e pecuária extensiva.

Portanto o objetivo não é mostrar que a pecuária extensiva é melhor, ou pior que a pecuária intensiva.

Mas sim pontuar as diferenças entre elas, para que o produtor saiba o que é mais indicado para o seu caso.

Pecuária Intensiva

É chamada pecuária intensiva a que investe no sistema de confinamento ou semiconfinamento, ou seja, mais animais em uma área menor.

Além disso, na pecuária intensiva investe-se em várias formas de tecnologia.

Máquinas, insumos, inseminação artificial, tudo pensado para a alta produtividade.

Na pecuária intensiva, por exemplo, o gado costuma ser separado em lotes e criado em piquetes ou baias.

A alimentação é feita em cochos e de forma estratégica para aumentar a produção.

Profissionais especializados apostam em técnica nutricionais avançadas para a pecuária intensiva.

A estratégia da pecuária intensiva, por exemplo, é segmentar e investir em resultado, com gado de leite dando mais leite, e gado de corte alcançando o peso para abate em menor tempo.

Vantagens

Quanto opta-se por uma pecuária intensiva de semiconfinamento, o gado se alimenta no cocho e no pasto.

Portanto, animais confinados são acompanhados de forma mais efetiva, quanto a sua saúde e desenvolvimento em geral.

Veja também: PECUÁRIA BUSCA CRIAR ANIMAIS E TRANSFORMÁ-LOS EM FONTE DE RENDA

A pecuária intensiva, por exemplo, investe em melhoramento genético para ter animais mais saudáveis e produtivos.

É comum os produtores optarem pela pecuária intensiva visando o aumento da produtividade do animal.

Com isso, as principais vantagens da pecuária intensiva são, por exemplo:

Já a desvantagem da pecuária intensiva está relacionada com seu alto custo de implantação.

Portanto, como o gado vai estar confinado é necessário investir em uma estrutura confortável para abrigá-lo.

Lembrando também que a pecuária intensiva demanda investimento em tecnologia para atingir os resultados.

Pecuária Extensiva

Como o próprio nome sugere, a pecuária extensiva é a criação de gado numa grande extensão de terra.

A alimentação dos animais é baseada no pasto e suplementação mineral.

A pecuária extensiva corresponde a 90% da atividade pecuária praticada no país, atualmente.

O gado de corte é o que melhor se adapta com a pecuária extensiva, pela liberdade que o espaço proporciona.

Mas também é possível colocar o gado de leite na pecuária extensiva, porém com uma suplementação mais específica.

O déficit de alguns minerais pode impactar na produção do leite.

A dica é criar o gado leiteiro na pecuária extensiva e suplementar com rações durante o momento que é ordenhado.

Cuidados

Um cuidado é em relação às cercas, para que não machuquem os animais, e nem permita que eles escapem. 

De modo geral, é preciso ficar atento à qualidade do pasto, pois alguns podem ser deficientes em nutrientes.

Nesses casos, gado de pecuária extensiva precisa suplementar.

O mesmo deve acontecer em períodos de seca, para que o gado não perca peso com a falta de pasto.

A principal vantagem da pecuária extensiva é o baixo investimento, ainda que seja necessária a suplementação mineral.

E a desvantagem é a necessidade de grandes espaços.

Isso pode levar a uma degradação do meio ambiente, deixando pecuária extensiva menos sustentável.

Em conclusão, avalie se a pecuária intensiva ou pecuária extensiva que se adapta melhor à sua realidade.

Fonte – Nutrição e Saúde Animal; Uniderp; Globo Rural; Revista Agropecuária; Procreare; e Coimma.