A maior parte do rebanho de corte do Brasil, mais de 90% é criado solto, em engorda a pasto.
Um dos facilitadores desse sistema é a extensão de área ainda disponível no país, e nas propriedades.
Outro fator que merece destaque é uma necessidade menor de investimento financeiro, quando o boi engorda a pasto.
Mas para ter um bom resultado, o sistema de engorda a pasto, precisa de uma gestão eficiente.
Quanto ao peso, um boi de engorda a pasto ganha, em média, 1,5 quilo por dia.
Durante um mês é aproximadamente 50 quilos, que podem ser monitorados pelo produtor, mas é preciso ficar atento a outros detalhes.
O tipo de pastagem, clima, manejo e suplementação podem influenciar para o ganho de peso ser maior ou menor.
As melhores raças de boi para engorda a pasto são:
O sistema de engorda de boi a pasto deve iniciar entre os meses de setembro e outubro, que é a chamada época das águas.
Nesse período há maior produção de forrageiras, favorecendo o desenvolvimento do rebanho, com maior oferta de alimento.
Já no período da seca, que engloba o outono e inverno, a oferta de alimento diminui, podendo afetar o ganho de peso.
Nesses casos é necessária a complementação da alimentação, com silagem, por exemplo, para que o gado não perca peso.
O ideal, para atingir um bom custo é que a engorda de boi a pasto não ultrapasse os 20 meses, até o abate.
Para que tenha resultado o produtor tem que cuidar do pasto, como cuida de qualquer outra plantação, pois ele precisa nutrir os animais de forma adequada.
O primeiro passo é o tratamento do solo, repondo os nutrientes para que o pasto cresça de forma saudável.
Quando e como adubar, os períodos de rotação, o tempo ideal para que o capim cresça, tudo deve ser muito bem organizado.
Usar o pasto rotacionado é transferir o gado para um piquete diferente, a cada intervalo de tempo, assim, o outro espaço pode descansar e voltar a produzir.
Quando o pasto é bem cuidado ele oferece quase que a totalidade de nutrientes que o gado precisa.
Para que o gado não invada um lote diferente daquele onde deveria estar, faça a manutenção das cercas.
Assim fica mais fácil controlar o rebanho, seja pela rotação do pasto ou evitando a mistura inadequada dos animais.
Uma dúvida comum é no tocante a distribuição adequada do gado de engorda a pasto, por seus respectivos lotes.
Em geral, o rebanho tem uma curva de distribuição onde 20% são mais fortes, 70% são normais e 10% são mais fracos.
Os chamados mais fracos irão comer e beber em piores condições, ou seja, quanto maior o lote, maior a quantidade de animais mais fracos.
Sempre que possível, o produtor deve optar por lotes menores, o que irá equilibrar a engorda do boi a pasto.
Lotes menores, que explorem piquetes menores é a solução mais produtiva.
Bois que engordam a pasto precisam de uma alimentação equilibrada, para que possam atender à demanda produtiva, isso inclui:
A cada quilo de capim, a matéria seca se concentra entre 15% e 20% e o restante é água.
Mas como dietas ricas em concentrados podem causar distúrbios digestivos aos animais, é necessário o equilíbrio.
A Nutrimais tem dois produtos que podem ser utilizados por bois que engordam a pasto.
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Já o +Engorda é livre de hormônio e antibióticos e também auxilia no ganho de peso desejado.
Fontes: Revista Agropecuária; Cursos CPT; Boi Saúde; Nutrimais; e Prodap.