Estresse térmico em gado de leite: o que fazer para evitar?

O estresse térmico em gado de leite é resultado do desconforto causado aos animais.

Isso ocorre devido às temperaturas muito altas e motiva a redução na eficiência produtiva e reprodutiva dos animais.

Ademais, esse é um dos fatores de maior impacto econômico e produtivo, pois as perdas em função do estresse térmico podem ser acima de 25%.

Além disso, o estresse térmico gera distúrbios metabólicos e maiores chances de o animal adoecer. Visto que há uma menor eficiência do sistema de defesa corporal.

Dentre os diversos problemas causados pelo estresse, os seguintes geram grandes prejuízos à produção leiteira:

  • Problemas metabólicos;
  • Nutricionais; e
  • Reprodutivos;
  • Sanidade;
  • Queda na produção;
  • Composição; e
  • Qualidade do leite.

Quando a temperatura é muito alta e gera o estresse térmico, é necessário pensar em um plano de ação.

A partir disso, promover algumas mudanças no ambiente de criação e pastagem para reduzir os problemas e gerar mais conforto ao gado.  

Evitar o estresse térmico e garantir o bem-estar animal é por meio de tais mudanças:

Um dos fatores mais importantes para a diminuição dos danos é cuidar das instalações dos animais.

Sendo assim, as mesmas devem estar adequadas para exercício, circulação e repouso dos animais.

No local de descanso é necessário ter sombra, seja natural ou artificial. A sombra natural é mais vantajosa, pois além de ser mais econômica ao produtor, também traz vantagens ambientais.

No entanto, se não for possível, o ideal é construir um sombreamento artificial.

Para galpões de confinamento, currais de espera ou áreas cobertas, é muito interessante a instalação de ventiladores para a retirada de calor do ambiente e, consequentemente, dos animais.

Além disso, telhas de barro são mais indicadas para a cobertura das instalações, pois apresentam maior isolamento térmico.

Se não for possível usá-las, a preferência seguinte é que sejam telhas de zinco. As telhas mais desconfortáveis para os animais são as de amianto, portanto, não as usar é a melhor opção.

É de extrema importância deixar cochos com alimento e água potável de qualidade nas sombras. Dessa forma, a temperatura natural é mantida e o gado consegue se alimentar adequadamente.

A água limpa e fresca durante todo o ano é essencial, principalmente nas épocas mais quentes.

O consumo de água ajuda a manter a temperatura corporal adequada e auxilia positivamente a produção de leite.

Nas regiões mais quentes do país, criar raças específicas de gado, que não sejam tão sensíveis ao calor, é uma ótima alternativa para minimizar o impacto negativo na produção leiteira.

O ideal é consultar um/a zootecnista para a formulação de dietas com alta densidade energética, além de conter suplementação adicional de minerais, que traz resultados positivos ao gado.

O bem-estar animal é imprescindível para que um sistema produtivo gere lucros, portanto, é muito importante que o produtor coloque em prática as mudanças acima citadas, como forma de evitar uma carga de estresse desnecessária aos animais.

Leia também: PECUÁRIA LEITEIRA: ATENÇÃO AOS ANIMAIS REFLETE NA PRODUTIVIDADE DO SETOR

NUTRIMAIS SAÚDE ANIMAL © 2023 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS