A pecuária é uma das áreas que mais ganha força dentro do agronegócio brasileiro, movimentando o mercado interno e externo. Com isso, cada vez mais se exige que a carne seja de qualidade e o jejum pré-abate é um dos fatores que podem influenciar no resultado final.
“O jejum no pré-abate de bovinos, é um manejo fundamental para que possamos ter um produto final de qualidade, que é a carne. Quando consideramos que o ruminante tem essa capacidade de um grande armazenamento do alimento e um compartimento repleto de micro-organismos, de bactérias, se esse manejo não for bem realizado, podemos ter uma contaminação da carne, lá na linha do abate”, explica a Zootecnista da Nutrimais Nutrição Animal, Bruna Gasparini.
Ela esclarece que o jejum pré-abate precisa ser respeitado por um período mínimo de 12 horas. “Ele acontece ainda na propriedade, quando os animais são enviados para o frigorífico e permanecem na sala de espera somente a uma dieta hídrica, sem o fornecimento do alimento, de um concentrado e do volumoso”, completa Bruna.
A legislação brasileira também está atenta ao jejum pré-abate.
A determinação é que, chegando ao frigorífico os bovinos permaneçam em descanso, respeitando o jejum pré-abate de sólidos. Apenas uma dieta hídrica, com o fornecimento liberado de água é permitido, por um período de espera que costuma variar entre seis e 24 horas, dependendo do tempo de transporte.
O período de descanso é necessário para os animais se recuperem do estresse causado pelo deslocamento.
O jejum pré-abate faz parte do processo como um todo e aliado ao descanso, tem o objetivo de reduzir o conteúdo gástrico e recompor as frequências cardíaca e respiratória.
Mas é preciso acompanhar esse jejum pré-abate, para que ele não exceda 24 horas, contando desde o momento de embarque até o abate.
Quando o jejum pré-abate supera esse período, pode alterar a qualidade da carne, pois há um excesso no consumo das reservas de glicogênio muscular.
Ficando claro o quanto o jejum pré-abate pode impactar na qualidade final da carne é preciso destacar outros cuidados significativos.
Um deles está relacionado com transporte dos animais da propriedade até o frigorífico.
É preciso que os caminhões sejam adequados para a quantidade de bovinos, pois quando sobra espaço para a movimentação dos animais eles se sentem mais confortáveis, porém, se o espaço for muito, eles podem se machucar, ao baterem nas laterais do caminhão.
À distância até o abate é outro detalhe importante e, sempre que possível, o ideal é optar por frigoríficos mais próximos.
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O foco de grande parte dos compradores, são frigoríficos, açougues e o consumidor final, pois se ele não adquirirem o produto, o prejuízo é inevitável.
Mas afinal, o que o consumidor busca ao adquirir carne bovina?
Se você é pecuarista, que pretende expandir seus negócios, ou está começando no segmento, lembre-se que oferecer um produto de qualidade dever ser sua meta.
O cuidado com o animal e essa atenção com o manejo adequado, que envolve o jejum pré-abate e várias outros detalhes, devem fazer parte da sua rotina.
Fontes – Nutrimais; Embrapa; Scot Consultoria; e Prodap.