As principais causas de infecções por mastite nos rebanhos leiteiros são advindas de bactérias. Estas, chegam ao quarto mamário do animal de várias maneiras, sendo uma delas, pelo ambiente onde a vaca está.
Quando acontece de o depósito principal dessas bactérias ser o ambiente, ocorre o patógeno ambiental, ou seja, a transmissão das bactérias para as vacas dá-se por meio do ambiente.
De forma geral, esses patógenos se encontram principalmente em locais com acúmulo de esterco, urina, barro e camas orgânicas. Dessa forma, o contato do úbere das vacas com o ambiente infectado pode ocasionar a mastite ambiental.
Quando comparada à mastite contagiosa, a mastite ambiental é considerada de curta duração e com maior tendência a evoluir para um quadro clínico do que para a forma subclínica.
Normalmente a doença acomete as vacas mais velhas ao invés das novilhas, inclusive durante os períodos de pré parto e de lactação desses animais.
Grande parte das infecções intramamárias por patógenos ambientais acontecem no período seco e, geralmente, durante a fase de lactação, as taxas de mastite ambiental são maiores.
Tendo em vista que os patógenos ambientais estão disseminados por todo o ambiente em que o rebanho está, é praticamente impossível erradicar a mastite ambiental por completo – o contrário dos casos de mastite contagiosa.
No entanto, o controle da mastite ambiental é por meio da diminuição da exposição dos tetos ao risco de serem contaminados, procedimento realizado mediante a higiene e manejo.
Para manter a higiene do úbere das vacas, é necessário dar muita atenção às camas onde os animais deitam, que devem estar sempre limpas, secas e confortáveis, para que não seja uma fonte de transmissão de bactérias.
Também é muito importante manter a higiene e a manutenção adequada das instalações onde se alojam as vacas secas, o ambiente das vacas em lactação, os piquetes de parição e a sala de ordenha.
Para a sala de ordenha, ainda há um fator de extrema importância associado à rotina, que é a necessidade de alinhar todos os processos, para que seja possível reduzir cada vez mais a ocorrência de novos casos de mastite. O intuito dessa rotina é deixar os tetos limpos, secos e estimulados para a descida do leite.
Em conclusão, para diminuir os riscos de novos caso de mastite ambiental, é necessário olhar para o manejo da propriedade como um todo. Ou seja, desde a higienização das instalações, até a rotina de ordenha, é importante a atenção para que seja possível entender a origem dessas bactérias e, assim, manter a saúde dos animais e a qualidade do leite.
Fonte: EducaPoint/ MilkPoint/ Balde Branco.
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