É chamada de pecuária extensiva aquela que usa grandes extensões de terra para fazer a criação do gado, que fica solto no pasto.
Um estudo realizado pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire) apontou que, em 2020, o rebanho bovino brasileiro se apresentou como o maior do mundo.
Com mais de 217 milhões de cabeças, representa 14,3% do rebanho mundial.
A Índia fica em segundo lugar, com cerca de 190 milhões de cabeças.
Por aqui, aproximadamente 90% do gado é criado dentro da pecuária extensiva.
É importante destacar que a grande área territorial do Brasil é um fator importante para tornar viável a pecuária extensiva.
Quando o produtor opta por esse tipo de sistema é preciso ter disponível uma área significativa de terra, especialmente para rebanhos mais volumosos.
Em geral, se o produtor já tem as terras, a pecuária extensiva não requer um grande investimento inicial.
Os animais são criados livres e a maior parte do seu alimento é retirado do próprio pasto.
É importante lembrar que, quando falamos de pecuária, independente do sistema adotado, estamos falando de um negócio que almeja lucro.
Quem investe no segmento busca o retorno financeiro, que poderá vir do abate e venda da carne ou produção e comercialização do leite.
Em casos onde o rebanho é numeroso, pode se tornar mais difícil fazer o monitoramento dos animais, sendo necessário investir em mão de obra.
Outra possibilidade para acompanhar melhor o desenvolvimento do gado de pecuária extensivo, é o uso da tecnologia.
Hoje existem ferramentas, aplicativos e softwares capazes de registrar a vida de cada animal.
Eles fazem desde a pesagem no pasto, até o acompanhamento de toda a rotina de vacinas e produtividade dos bois.
A pecuária extensiva é muito indicada para o gado de corte que precisa de liberdade e espaço.
Poder se locomover entre o rebanho é algo que proporciona bem-estar ao gado.
A pecuária extensiva também é bastante interessante quando aplicada ao gado leiteiro.
Mas como a produção do leite está diretamente ligada a sua alimentação, é preciso ter mais atenção com o que é oferecido.
Quando falamos em distribuição de animais por espaço é preciso saber como é a alimentação deles.
Avaliando o consumo de concentrado e de forragem no pasto, é possível colocar 10 animais por hectare (10 mil m2), em média.
Isso para os casos de pecuária extensiva, com terminação a pasto.
Para que o animal criado em pecuária extensiva esteja bem nutrido é preciso alguns cuidados.
Como a maior parte do alimento vem das forragens do pasto, ele precisa ser nutritivo e, para isso, os cuidados com o solo são fundamentais.
Outra dica para os grandes produtores é o investimento em sistema de irrigação, que irá ajudar na produção da forragem, mesmo em fases de estiagem.
Ter planejamento para suprir o rebanho da pecuária extensiva é o fator primordial.
A silagem é uma opção interessante, mas é preciso que ela seja bem equilibrada, com o volumoso certo, para evitar a perda de peso dos animais.
A suplementação também deve fazer parte da rotina do gado criado em pecuária extensiva, pois nem todos os nutrientes estão disponíveis no pasto.
A Nutrimais tem o +Engorda, um suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de corte de todas as idades e em todas as suas fases de criação.
Associado aos Aditivos Probióticos e Prebióticos (Mananoligossacarideos e Glucomananos), Levedura seca de cana de açúcar.
Livre de hormônios e antibióticos, ele também auxilia no ganho de peso desejado.
A associação de aditivos prebiótico e probiótico melhoram a saúde do animal, proporcionando uma melhor conversão alimentar.
A água limpa e de fácil acesso é outro fator importante para o bom desenvolvimento do gado em pecuária extensiva.
Se a propriedade estiver distribuída em piquetes e a água for oferecida em bebedouros, eles podem ficar perto das cercas, o que facilita o acesso e distribuição.
A preocupação com a degradação do meio ambiente tem sido constante e no caso da pecuária extensiva, muitos alertam para o desmatamento.
Mas é importante entender que existem possibilidades de criar a pasto e, ao mesmo tempo ser sustentável.
Uma dica para os produtores é investir na técnica silvipastoril, onde se integra floresta de madeira nobre com pasto.
Gado que pasta na sombra respira melhor, tendo uma frequência cardíaca mais equilibrada, assim, absorve melhor os nutrientes e ganha peso mais rápido.
Outras vantagens de unir floresta e pasto são:
- Aumento da fertilidade dos animais;
- Forragens com maior teor proteico e menor necessidade de fertilizante;
- Manejo integrado dos recursos naturais possibilitando intensificar a produção;
- Benefícios ambientais para a propriedade, os animais e a sociedade; e
- Ao final do ciclo produtivo, a madeira pode ser vendida e gerar uma renda extra e bastante interessante.
Informe-se sobre o investimento silvipastoril, ele pode ser um agregador interessante para sua pecuária extensiva.
Fontes: Giro do Boi; Tecnologia no Campo; Kaiser Agro; Irrigat; Agroline; Terra; Agroportal; e Perfarm.