Os pecuaristas de longa data já sabem a importância da vermifugação dos bovinos, mas quem está entrando no mercado agora, talvez pense que isso será um gasto a mais, e que pode ser cortado.
A verdade é que manter a rotina da vermifugação dos bovinos é um investimento, já que os parasitas gastrointestinais costumam ser um problema comum, e quando eles atacam, existe uma consequente perda de produtividade do rebanho.
E se a produção cai, o lucro vai junto. Ou seja, para não correr risco de prejuízos, é preciso estar atento a vermifugação dos bovinos.
Alguns dados apontam que, o prejuízo anual da pecuária, causado por parasitas, seja de aproximadamente US$ 3 bilhões, e nenhum produtor quer fazer parte dessa estatística.
Sem a correta vermifugação dos bovinos, os animais podem deixar de ganhar entre dois e três quilos por mês.
Isso acontece porque, quando atacados por verminoses, os bovinos reduzem sua conversão alimentar, e o ganho de peso, bem como seu crescimento, são diretamente atingidos.
E mais, os casos graves de verminose, onde os parasitas se concentram de forma muito elevada, podem causar até a morte dos animais.
As fases mais críticas são da cria e recria, pois animais jovens estão mais suscetíveis as verminoses, por isso o indicado é que a vermifugação dos bovinos tenha início no terceiro mês de vida, com novas aplicações a cada 12 meses.
Lembrando que, o ideal é ter um profissional, como o veterinário ou zootecnista, que possa acompanhar o rebanho e, dentro das necessidades, indicar o melhor período para a vermifugação.
Muitos produtores ainda ficam em dúvida quanto ao vermífugo que deve ser utilizado, e aqui também cabe à orientação de um profissional.
Temos que pensar que todos os vermífugos são bons e desempenham o papel de combate aos parasitas, a diferença que deve ser levada em consideração na hora de escolher, é quanto ao objetivo final.
O que o pecuarista busca é ganho de produtividade e retorno financeiro? Então os mais indicados são os de ação prolongada, como as Lactonas. Mas que também exigem um investimento mais alto.
Em algumas propriedades é feita a rotação de vermífugos, com o objetivo de evitar a chamada resistência parasitária, mas os estudos ainda não são conclusivos sobre essa tese.
Muitos pesquisadores também estão focados em provar os benefícios do uso seletivo dos antiparasitários. Isso significa que a vermifugação bovina será feita em apenas um grupo de animais, considerados mais suscetíveis.
Independente da estratégia, é preciso ficar atento ao período correto da vermifugação dos bovinos e ao fator climático, que coincide com a época do ano.
É comum que os animais estejam com mais parasitas no período que vai do início da seca até o início das águas, ou seja, o período mais chuvoso do ano. E isso tem relação direta com os nutrientes das pastagens.
A vermifugação dos bovinos pode ser feita por via oral ou injetável, e ambas as opções são bastante eficientes.
Quando há uma verminose, existe o que podemos chamar de uma competição, dentro do organismo do animal, por nutrientes. E isso impacta diretamente na sua saúde e no bem-estar.
É preciso ficar atento ao comportamento dos animais, pois alguns sinais podem indicar que há algo de errado.
Alguns sinais frequentes de que os bovinos podem estar com verminoses são:
Para se certificar do quadro é necessário investir em exames complementares de OPG e OOPG, que serão responsáveis por fornecer o diagnóstico preciso.
Através deles busca-se identificar ovos e oocistos dos principais vermes que acometem os bovinos. Os parasitas atacam o sistema gastrointestinal e seus ovos são liberados pelas fezes dos animais hospedeiros.
Mas não é preciso esperar que os animais apresentem sintomas para fazer os exames.
Manter um monitoramento pode ajudar o pecuarista a observar, inclusive, se sua estratégia de vermifugação dos bovinos está atingindo o resultado esperado, e se a saúde do seu rebanho está em dia.
Fontes: Rehagro; Giro do Boi; Agroline; Agropecuária Vale do Rio Doce; e Coimma.