Investir em melhoramento genético dos animais realmente vale a pena?

Independe da espécie, investir no melhoramento genético é uma forma de usar as ferramentas da ciência para desenvolver ou aprimorar características específicas.

Essas particulares podem fortalecer o plantel como um todo, deixando-o mais produtivo e, como consequência, aumentando a lucratividade do produtor.

Além da genética, o ambiente em que o animal vive também pode impactar de forma direta em seu desempenho. A estrutura do local, clima, alimentação, tudo isso irá influenciar.

Mas quando se faz uma boa aplicação do melhoramento genético, é possível facilitar até mesmo a forma de se adaptar melhor ao ambiente.

Um exemplo é deixar os animais mais resistentes aos fatores climáticos, ou seja, mais bem preparados para estarem em locais de altas ou baixas temperaturas.

Quando falamos em aumentar a produtividade, através do uso do melhoramento genético, é preciso entender que isso pode agregar valor independente do segmento, seja ele carne, leite, ou mesmo lã e ovos.

Para realizar o melhoramento genético bovino é necessário, primeiramente, fazer a seleção dos reprodutores (touros) e matrizes (vacas) e pela combinação das características de ambos, gera-se um bezerro que traga essas informações genéticas.

Isso significa que, para promover o melhoramento genético é necessário utilizar essas duas ferramentas fundamentais, que são a seleção e o cruzamento.

Acidose ruminal pode interferir na produtividade do animal

Quando se faz a seleção, é preciso ter eficiência para buscar os animais mais capacitados, que disponibilizem aquilo que se deseja para a nova geração.

O melhoramento genético é para ressaltar características que sejam fundamentais, e assim possam sem fixadas nos herdeiros.

Com a seleção também é possível melhorar as raças puras, e a partir dela faz-se o cruzamento, lembrando que o sucesso depende do bom uso desses dois processos.

Pelo melhoramento genético, além de ser possível buscar os genes mais desejáveis, também consegue-se afastar os genes indesejáveis e fazer a correção de uma série de características.

E entender todas essas características, em especial o que se busca e quais se encaixam nas suas necessidades, é fundamental para o resultado final.

Melhoramento Genético

O melhoramento genético é um investimento de longo prazo, que deve acontecer de forma contínua.

Para realizar o processo de seleção uma das possibilidades mais viáveis é separar os animais em grupos, tendo como base a época do seu nascimento.

Outra necessidade é que esses animais tenham recebido os mesmos manejos nutricionais e sanitários, pois só assim será possível fazer a melhor comparação das características buscadas pelo produtor.

A partir da identificação dessas características é preciso organizar o processo de monta, isso quando é realizando o melhoramento genético de forma natural.

Lembre-se que, animais com relação consanguínea não são indicados para esse processo, pois assim fica mais fácil evitar doenças genéticas.

Outra possibilidade é a inseminação artificial, com o uso da fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões.

Ao selecionar um animal para melhoramento genético é preciso levar em consideração:

  • carne de qualidade;
  • maior produção de leite;
  • melhor ganho de peso;
  • eficiência e conversão alimentar;
  • boa adaptabilidade ao ambiente;
  • fertilidade e precocidade sexual;
  • longevidade das vacas; e
  • curto intervalo entre as gerações.

Para que o melhoramento genético cumpra ainda melhor seus objetivos, uma dica importante é aliar a ele fatores que colaboram com a saúde e qualidade de vida do animal como um todo.

A Farm Animal Welfare Committee criou cinco liberdades necessárias, que farão toda a diferença durante esse processo, será que elas já são aplicadas na sua propriedade?

  • Liberdade de sede, fome e má nutrição – ter acesso à água e alimentos adequados.
  • Liberdade de dor, doença e injúria – prevenção, diagnóstico e tratamento das mais variadas doenças.
  • Liberdade de desconforto – o ambiente deve ser adequado.
  • Liberdade para expressar o comportamento natural da espécie – os animais poderão se comportar de forma natural a sua espécie.
  • Liberdade de medo e de estresse – qualquer sofrimento físico ou mental deve ser evitado.

Quando existe uma equipe capacitada para fazer o melhoramento genético e, soma-se a isso um correto manejo dentro da propriedade, onde fatores como nutrição, sanidade e bem-estar do animal andam juntos, e o resultado será uma alta produtividade e o aumento do lucro.

Fontes: Dia Rural; Cursos CPT; O Presente Rural; Central Veterinária; Jet Bov; e Rehagro.  

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