Avicultores precisam estar sempre atentos às principais doenças que podem atingir as aves, que estão em sua granja ou galinheiro.
Algumas dessas doenças se multiplicam muito rápido, afetando a saúde de dezenas de aves que, em boa parte dos casos, terão que ser descartadas.
Pensando em ajudá-lo nesse cuidado, reunimos abaixo dicas sobre as principais doenças que podem afetar as aves, seus sintomas, o que fazer diante de uma infecção e como evitá-las.
- Salmonelose – causada pelas bactérias do gênero Salmonella, leva a três tipos de doenças: tifo aviário, paratifo aviário e pulorose.
Como os alojamentos reúnem grandes quantidades de aves, a multiplicação da bactéria acontece de forma muito rápida.
Apesar de mais comum em aves jovens, a salmonelose pode atingir aves de todas as idades.
Produtores devem fazer um rigoroso controle de qualidade dos ovos
Fazendo um monitoramento rígido e utilizando vacinas, os casos podem ser evitados com certa eficiência.
O tifo pode ser diagnosticado clinicamente, apresentando diarreia, asas caídas, ovos deformados, aves que se recusam a comer e produção reduzida.
Nos casos de pulorose, o fígado aumenta e fica de cor escura e os rins e baços ficam inchados. Exames laboratoriais podem ser necessários para confirmar o quadro.
- Laringotraqueíte infecciosa – é uma doença viral que ataca as aves, atingindo seu trato respiratório, podendo levar a morte. O vírus se instala na laringe, traqueia e pulmões.
Sinais clínicos em doenças das aves
Os sinais clínicos aparecem de 6 a 12 dias após o contágio e as manifestações podem variar entre leve e grave.
O diagnóstico correto precisa de exame laboratorial, pois os sintomas são parecidos com os de outras doenças que afetam as aves. Na forma aguda apresenta tosse, dificuldade de respirar, devido à falta de ar, e expectoração de sangue, sendo que pode matar em até três dias.
As vacinas fazem parte da prevenção. E, apesar da doença estar controlada, pode surgir surtos, por isso é necessário ficar sempre atento.
- Coriza infecciosa – é mais uma doença que atinge as aves e traz como sintomas: corrimento nasal, catarro, conjuntivite e edema ao redor dos olhos, além de asas caídas.
Ela se propaga mais facilmente no outono e a principal dica para a prevenção é verificar a procedência dos filhotes, para que eles não cheguem contaminados na sua propriedade.
- Gripe aviária – talvez seja a doença das aves mais popular para o grande público, mas no Brasil ela está sob controle, o que não significa que os cuidados devem ser deixados de lado.
Causada pelo vírus influenza H5N1, ela pode passar pelas aves e chegar aos mamíferos, inclusive humanos. Seus surtos já causaram grandes prejuízos em várias partes do mundo.
- Doença de Newcastle – causada por vírus é altamente contagiosa, podendo atingir todo um lote de aves.
Os sintomas aparecem em até cinco dias após a infecção e são: redução no consumo de ração, diarreia esverdeada, tremor nas pernas e sintomas de resfriado.
Em caso de suspeita o ideal é acionar o auxílio de um profissional.
Tratamento para doença das aves
Não existe um tratamento específico e a prevenção inclui o uso de vacinas. Em alguns países essa doença das aves aparece de forma endêmica, podendo causar grandes prejuízos financeiros.
- Verminoses – os parasitas se alojam no intestino das aves e, embora seja uma preocupação, causam poucos danos em aves adultas.
Já as aves que estão em desenvolvimento se mostram fracas e anêmicas, podendo morrer. As que sobrevivem apresentam diarreias constantes e o seu desenvolvimento é mais lento.
Usar vermífugo e manter a higiene do espaço ajuda a evitar os casos.
- Bouba ou varíola aviária – a infecção é causada pelo poxvírus e dá um aspecto de caroço de pipoca na pele dos frangos, especialmente onde não há penas. A garganta é atingida por placas infecciosas, que dificultam a respiração, sendo que a mortalidade das aves costuma ser alta.
As lesões podem ser tratadas com tintura de iodo glicerinado e são inseridos antibióticos na água, mas nem sempre o resultado é bom, então o investimento em vacina para prevenir, é o mais indicado.
Quem investe em avicultura deve ter algumas regras básicas para manter a alta produção, com aves saudáveis e evitando prejuízos.
Fique atento para:
- rotina na limpeza e desinfecção das instalações e dos equipamentos;
- checar a procedência dos lotes de filhotes;
- investir em vacinas e vermífugos;
- evitar a superlotação do espaço, pois o risco de doenças se proliferarem é maior; e
- estar sempre atento a registros de doenças na região onde está sua criação.
Fontes: Nutrimais; Canal Rural; Aprenda Fácil Editora; e Cursos CPT.