Você sabia que as carnes também podem ser orgânicas? Para isso são aplicados os conceitos de pecuária orgânica em sua produção.
Isso significa que o sistema produtivo é ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.
Para ter o certificado de que o produto é orgânico, o produtor precisa passar por uma auditoria, que garantirá que se trata de uma carne gerada em pecuária orgânica, ou seja, produzida da maneira mais natural possível, sem resíduos químicos.
Esse mercado está cada vez mais em alta, pois existe uma preocupação, cada vez maior, com os impactos ambientais e sociais gerados, e em relação a origem dos produtos consumidos.
A pecuária orgânica utiliza um manejo que visa um desenvolvimento produtivo sem poluição, que valorize o homem sem destruir o meio ambiente.
Quando inserido na pecuária orgânica, o gado é rastreado do nascimento ao abate, com seu ganho de peso, a alimentação que ingere, seu calendário vacinal e uma série de outros dados.
Uma dúvida comum é em relação à alimentação desse rebanho que, diferente do que muitos acreditam, não é baseada apenas em pasto.
Animais de pecuária orgânica também podem receber suplementação alimentar com grãos e rações, desde que esses componentes não tragam organismos transgênicos.
É preciso um controle rigoroso e checar a procedência de tudo que fará parte da dieta do rebanho.
São três os principais pilares da pecuária orgânica, e se você é um produtor que pensa em investir no segmento fique atento para:
Então é preciso pensar nessa conversão e avaliar bem o tempo que será investido nisso, sendo uma média de 12 meses.
Além disso, na pecuária orgânica, os pastos devem ter componentes com vegetação arbórea, que além de fazerem seu papel dentro do ecossistema, levam sombreamento para os animais, proporcionando seu bem-estar.
E para que um rebanho seja considerado orgânico é necessário que os animais tenham, ao menos, três quartos da sua vida em sistema de manejo orgânico.
Para tratar alguns tipos de doenças, ou mesmo ferimentos, a indicação é de homeopatia, minerais e florais.
Quando existe a necessidade de algum produto químico, ou artificial, é necessário respeitar o período de carência para que os produtos e subprodutos daquele animal voltem a ser reconhecidos como orgânicos.
E esse tipo de produto para tratamento só poderá ser usado nos animais que estão na pecuária orgânica, no máximo, duas vezes dentro de um ano.
Embora exista uma série de exigências, o que demanda investimento financeiro e de tempo, a pecuária orgânica tem um mercado em expansão, e pode gerar muito lucros em um futuro próximo.
O Brasil, e o mundo, tem cada vez mais consumidores que buscam produtos de origem comprovada, certificados e orgânicos, e que estão dispostos a investir um pouco mais, pois entendem a importância do valor agregado.
O compromisso para que o gado se sinta bem, também faz parte desse processo, por isso uma das preocupações é também com os currais, que devem ser circulares, evitando que os animais se machuquem.
E mais, na pecuária orgânica é proibido o uso de ureia e qualquer outra vitamina e aminoácido sintético, que tenham como objetivo aumentar a sua produtividade.
O processo de certificação desse sistema envolve a montagem do PMO - Plano de Manejo Orgânico, que é onde ficam registrados, de forma detalhada, todos os itens necessários para se enquadrar nesse tipo de produção.
Fontes: Nutrimais; WWF; CI Orgânicos; A Lavoura; e Forbes.