A produção de leite no Brasil é uma das maiores do mundo, e os pecuaristas sempre buscam maneiras de aumentá-la, mas também de melhorar a qualidade do leite, pois isso valoriza o produto.
De acordo com as diretrizes do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, algumas características são fundamentais para o leite ser considerado de qualidade. São elas:
“Para chegarmos a uma melhor qualidade do leite e maior produção, precisamos ter alguns critérios dentro da propriedade, e um deles é fazer todo o mapeamento do rebanho. E o que é isso? É conseguirmos identificar quais são os animais saudáveis e quais são os que tem mastite clínica e subclínica, para podermos traçar um planejamento na propriedade, e assim conseguimos melhores resultados dentro do processo produtivo”, destaca o médico veterinário da Nutrimais Saúde Animal, Jonathas Bonaldo.
Quem trabalha com gado leiteiro sabe o quanto quadros de mastite são capazes de impactar na qualidade do leite, bem como na quantidade produzida.
A mastite é processo inflamatório que atinge a glândula mamária das vacas, e isso afeta a composição físico-química do leite, como sua coloração e presença de coágulos.
A mastite clínica apresenta edemas de úbere, deixa a glândula mamária mais quente e o leite pode ter pus e sangue, ficando evidente que sua qualidade está comprometida.
Já os casos de mastite subclínica se apresentam sem alterações visíveis da glândula mamária, e o leite também tem um aspecto normal.
Porém, ele altera os teores de cálcio, caseína, lactose e gordura, impactando no rendimento dos derivados do leite, e um teste específico é capaz de apontar o problema.
Outro fator que influencia na qualidade do leite produzido é a dieta das vacas.
“Às vezes eu vejo o produtor de leite errar bastante se tratando da formulação da dieta. Acontece da pessoa dar o alimento para a vaca comer e esse alimento não estar suprindo a necessidade nutricional desse animal. A formulação de dieta tem um papel muito importante na produção animal. E junto com a formulação nós precisamos de aditivos, que vão converter tudo isso, para o animal ter um melhor desempenho”, alerta Jonathas.
Ele destaca o uso do produto +Leite, da Nutmais, que é a base de probióticos, prebióticos e leveduras, como uma alternativa bastante interessante.
“Adicionamos na dieta e, com isso, conseguimos fazer com que o animal tenha uma melhor absorção de nutrientes, uma maior digestibilidade das fibras, e isso vai desempenhar uma maior produção”, concluí o médico veterinário.
Selecionamos outras dicas importantes que poderão ajudar o pecuarista, e sua equipe, a melhorar a qualidade do leite e aumentar a quantidade produzida. Acompanhe.
O correto manejo e higiene diminuem os riscos de exposição às bactérias, evitando doenças como a mastite.
Também é importante o uso de luvas no momento de colocar as vacas na ordenha, além de manter todo o equipamento limpo.
Fazer a manutenção regular da ordenha é outra necessidade para garantir a saúde dos animais e a qualidade do leite.
E esteja atento para a necessidade de troca de tubos, borrachas e revestimentos, que podem rachar com o tempo e acumular bactérias.
Mantenha as vacinas em dia e tenha sempre um profissional para acompanhar a saúde dos animais. Vacas saudáveis produzem leite de qualidade.
O alimento certo auxilia no ganho de peso do animal e na melhoria da produção e qualidade do leite. Mantenha o pasto sempre bem adubado e irrigado.
O resfriamento deve ser feito ainda na propriedade rural, logo após a ordenha, evitando o crescimento de bactérias e garantindo sua qualidade.
Fontes: Nutrimais; Rehagro; Nutrição e Saúde Animal; Fundação Roge; Irrigat; e Milk Point