Pecuária bovina segue em expansão fomentando o agronegócio do Brasil

A pecuária bovina é uma das atividades mais importantes, dentro do agronegócio brasileiro.

Ela pode ser definida como um segmento voltado para a criação de animais, que serão destinados a produzir alimentos e matérias-primas.

Para entender a força da pecuária bovina brasileira, é importante analisar alguns dados.

De acordo com projeções do USDA - Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em 2021, o Brasil deve atingir a produção de 10,4 milhões de toneladas de carne bovina.

Isso significa, aproximadamente, 17% da produção mundial, atingindo o segundo lugar em volume.

O primeiro lugar ainda é dos Estados Unidos, com cerca de 20% da produção mundial de carne bovina.

Atualmente, a pecuária bovina pode mostrar sua força produtiva também através do volume de cabeças de gado.

O Brasil registra hoje, de acordo com estimativa da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, 217 milhões de cabeças.

O volume representa mais de 14% do rebanho mundial, fazendo o Brasil superar a boiada da Índia, com 190 milhões de cabeças.

COTAÇÕES PECUÁRIAS: PARA FECHAR BONS NEGÓCIOS, É ESSENCIAL ACOMPANHÁ-LAS

A pecuária bovina é beneficiada no Brasil por características do seu território, que é amplo, até por isso que mais de 90% da criação é feita no pasto.

Outro ponto positivo é o clima, que auxilia para que muitas raças se adaptem bem, se tornando bastantes produtivas em solo nacional.

Na pecuária bovina de corte, a maior parte do rebanho são das raças:

  • Nelore;
  • Angus;
  • Tabapuã;
  • Brangus; e
  • Brahman

Mas é importante lembrar que a pecuária bovina engloba também o gado de leite, sendo que as raças mais comuns no país são:

  • Holandesa;
  • Girolando;
  • Zebu leiteira; e
  • Jersey.

Pecuária Bovina

É importante entender que o crescimento da pecuária bovina, que tem melhorado cada vez mais sua performance, também se deve a profissionalização do setor e ao uso da tecnologia.

A cada dia os profissionais buscam mais conhecimento para fazer do campo um lugar mais produtivo.

Junto a isso, ferramentas de gestão são capazes de acompanhar a saúde dos animais, desde o momento em que nascem, até sua terminação.

Isso sem falar do melhoramento genético, cada vez mais presente na pecuária bovina. Um rebanho com animais superiores é capaz de fazer com que toda uma boiada se torne mais produtiva, saudável e, claro, lucrativa.

Entre os resultados que o melhoramento genético pode levar para pecuária estão a qualidade da carne.

Mas também é preciso lembrar do melhor desempenho dos animais, com habilidade materna, precocidade sexual e alcance de peso mais rápido.

Desafios da Pecuária Bovina

Um dos grandes desafios atuais da pecuária bovina é aumentar sua produtividade diminuindo os danos ao meio ambiente.

Quem atua na área, especialmente em grandes propriedades, sabe o quanto a expansão da pecuária bovina impacta o ambiente como um todo.

E isso acontece por vários motivos, entre eles estão:

  • Para intensificar as atividades de pasto e ampliar o espaço para aumento da produção, em muitas áreas são promovidos desmatamentos de vegetação nativa;
  • Existem também registros de queimadas intencionais, para limpeza do terreno que será revertido para pasto;
  • O solo acaba sendo prejudicado pelo chamado pisoteio dos animais, que são grandes e pesados, e isso impacta na infiltração da água, levando a um processo de erosão;
  • O uso irregular de produtos químicos, muitas vezes usados para aumentar a produção do pasto, pode poluir o solo e a água, causando desequilíbrio ambiental em médio prazo; e
  • Existe uma grande emissão de poluentes na atmosfera, seja como resultado do desmatamento irregular, ou mesmo pela emissão de gases, feita pelos animais.

O momento pede que pecuaristas e profissionais que atuam na cadeia produtiva da pecuária bovina, se unam e busquem alternativas.

É preciso entender a urgência em minimizar e sanar os danos ambientais, para que o processo não entre em colapso.

O consumo de carne e alimentos em geral, é crescente no mundo, sendo que o Brasil é um dos grandes produtores.

Mas para que a pecuária bovina siga crescendo, de forma saudável e lucrativa, é preciso o compromisso e estratégia de todos.

Fontes: Agrosaber; Mundo Educação; Arames Belgo; Cursos CPT; e Notícias Agrícolas. 

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Alimentação do gado: como você tem feito o armazenamento dos insumos?

Quem investe em pecuária, seja de corte ou leite, sabe a importância de planejar a alimentação dos animais, pois isso será definitivo para a produtividade. Juntamente vem o cuidado com o armazenamento dos insumos, pois além de saber o que será oferecido, é preciso cuidado no manejo.

Quando o armazenamento de insumos é feito de forma correta, além de evitar que algo falte, também é possível garantir sua qualidade, fundamental para a nutrição do gado.

Muitas propriedades produzem seus próprios insumos, como opção para diminuir os custos, mas de nada vai adiantar se eles não forem corretamente armazenados.

 “Sabemos que é muito importante, em todo o sistema produtivo da pecuária, do gado de corte e de leite, o planejamento de insumos. Sempre pensamos: vou alimentar com o que? E às vezes o consumo é muito mais elevado do que a compra. Então é muito importante fazer o planejamento, saber qual dieta irá utilizar, pelo menos por um período prévio mínimo e se planejar para isso, para que no meio do sistema não precise comprar mais, ou não perca, não falte insumos”, alerta Jonathas Bonaldo, Médico Veterinário da Nutrimais Saúde Animal.

Ele também ressalta a importância do correto armazenamento dos insumos.

“Usamos como exemplo uma silagem de capim que, assim como os grãos, é preciso saber armazenar. Tenha um barracão apropriado, evite que o insumo entre em contato com chuvas, com sol, para não perder a qualidade desse ingrediente”, conclui Jonathas. 

Armazenamento dos Insumos

Mais de 90% do gado criado no Brasil é alimentado no pasto, com a forrageira.

Acontece que em períodos de seca essa alimentação fica escassa, sendo fundamental ter um planejamento sobre o que será servido aos animais, durante o período.

Bem como fazer o correto armazenamento dos insumos.

Em propriedades que produzem o alimento do gado, são necessárias ações que garantam um alimento conservado em bom estado, longe de bactérias, fungos e outras ações que podem afetar a saúde dos animais.

Um problema que, vez ou outra é registrado, é o botulismo, causado pela bactéria Clostridium botulinum.

Também conhecida como doença da vaca caída, o botulismo ocorre quando o gado recebe pastagens deficientes em fósforo, suplementação inadequada ou alimentos contaminados.

Por isso é tão importante fazer o correto armazenamento dos insumos, sais minerais e ração.

Além de prevenir doenças, a ação evita prejuízos que, podem vir pela perda dos itens, ou até de animais, devido a alguma doença.

Como fazer o armazenamento dos insumos?

Para quem tem dúvidas sobre a melhor forma de fazer o armazenamento dos insumos, acompanhe as dicas a seguir.

  • Ração não deve ter contato com o solo – Ao armazenar sacos do produto, independente do piso do galpão, não os deixe diretamente no solo.

Uma opção é montar estrados de madeira e colocá-los em cima, assim, evita-se a umidade que pode alterar a qualidade da ração.

  • Mantenha os roedores afastados – Ratos e demais roedores são capazes de infestar um galpão e prejudicar a qualidade do sal mineral e de outros nutrientes, além de disseminarem doenças.
  • Verifique a cobertura do galpão – Ela irá proteger os itens do sol e da chuva.

Quando falamos de armazenamento de insumos, temos que lembrar que esses fatores naturais podem prejudicar a qualidade dos alimentos que estão guardados.

  • Temperatura e umidade – Cuide para que o espaço seja arejado, iluminado e tenha a chamada temperatura ambiente.

Excesso de frio ou calor podem prejudicar o bom armazenamento dos insumos.

RAÇÃO PARA ENGORDA DO BOI: O QUE É PRECISO AVALIAR AO ESCOLHER?

Outra questão relevante é a umidade, por isso, não encoste os itens na parede, deixe sempre um corredor de ventilação com espaço suficiente para uma pessoa passar.

  • Verifique a silagem – é fundamental que, semanalmente ou a cada 10 dias, a silagem seja verificada, assim, é possível controlar o volume armazenado e sua qualidade.

Outros itens também devem ser verificados com frequência, especialmente quanto a sua validade.

Ter o controle dos insumos armazenados é diminuir o risco de prejuízos que virão com os descartes.

  • Mantenha a higiene – Deixe o espaço sempre limpo, livre de insetos e com inspeção permanente.

Opte por um espaço que seja exclusivo para o armazenamento dos insumos para alimentação, isso facilita o controle.

Outras dúvidas, de acordo com a realidade e particularidade da propriedade, podem surgir.

Para ter um planejamento quanto ao melhor armazenamento de insumos, conte sempre com a orientação de um profissional.

Fontes: Nutrimais; Portal do Agronegócio; Lonax; e Premix.

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Fique atento para os casos de mastite e evite prejuízo na cadeia leiteira

Produtores que atuam com pecuária leiteira sabem o quanto a mastite pode ser preocupante.

Trata-se de uma inflamação na glândula mamária da vaca leiteira, podendo atingir entre 20 e 38% do rebanho.

Com isso, a mastite também impacta financeiramente nos negócios, estimando uma perda aproximada de 12 a 15% da produção.

Uma dúvida muito comum, é se o leite da vaca que tem mastite, pode ser fornecido ao bezerro.

“Temos que lembrar que o leite proveniente de uma vaca que tem mastite clínica é o leite de descarte e geralmente ele vai conter pus, sangue e um grande volume de bactérias, então não é recomendado para o bezerro”, esclarece o Médico Veterinário da Nutrimais Saúde Animal, Jonathas Bonaldo.

O profissional pontua também que, “se dentro da propriedade, o produtor escolhe fazer o aleitamento do bezerro com o leite materno, ele tem que usar um leite de qualidade”.

Diante da mastite e para diminuir o custo, uma opção é escolher outro alimento que tenham as mesmas propriedades do leite, sem causar prejuízo nenhum para a produção.

“Lembrando que, não podemos fornecer o leite de vaca proveniente de mastite clínica, porque podemos ter um problema muito grande na propriedade, podendo levar os animais a óbito, o animal ter diarreia e não conseguirmos tratar”, alerta Jonathas.

Mastite

Micro-organismos que colonizam o canal do teto se multiplicam, causando a inflamação denominada de mastite.

Ela pode ser:

  • Subclínica – Não apresenta alterações perceptíveis no leite.

O primeiro sinal de alerta é a queda da produção, sendo que a principal consequência para os produtores é o prejuízo.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) estima que rebanhos atingidos pela mastite subclínica produzam entre 25 e 42% menos leite.

É preciso que os pecuaristas, bem como suas equipes, fiquem atentos, pois para cada caso de mastite clínica, acredita-se que há entre 15 e 40 casos de mastite subclínica.

O diagnóstico é feito com a contagem de células somáticas (CCS) e California Mastitis Test (CMT).

  • Clínica – As alteração são visíveis no leite, que traz coágulos e alteração de cor.

Outro sintoma comum é que as vacas fiquem com os tetos inchados e vermelhos.

A mastite clínica se apresenta em três níveis, de acordo com sua gravidade: 1 – apenas alteração no leite; 2 – alteração no leite e no teto; e 3 – outros sintomas na vaca, como febre e perca de apetite.

O diagnóstico se dá pelo teste da caneca de fundo preto, feito antes das ordenhas.

Os primeiros jatos do leite são retirados para observar as possíveis alterações.

Evite a Mastite

Algumas ações a serem realizadas dentro da propriedade podem ajudar a manter a mastite longe do rebanho.

  • Mantenha o espaço, onde os animais ficam, limpo e livre de umidade – assim fica mais fácil evitar a proliferação de micro-organismos que se desenvolvem no capim, esterco e palha.

Elimine a matéria orgânica com frequência e deixe o ambiente arejado.

Outra dica é manter as moscas longe do rebanho, pois elas facilitam a contaminação.

  • Atenção com a ordenha – Que deve começar pela higiene e manejo, que deve ser feito antes e depois, da ordenha.

Fique atento para que os equipamentos estejam operando corretamente, com borrachas em bom estado e pressão de vácuo normal.

CONTROLE LEITEIRO É EFICAZ PARA SELECIONAR AS VACAS DENTRO DA PROPRIEDADE

Os tetos das vacas também precisam ser limpos e secos antes que os equipamentos da ordenha sejam colocados.

Elimine os primeiros jatos de leite, observando se há coágulos que possam indicar a mastite.

  • Evite o estresse das vacas – O aumento da temperatura e umidade altera os hormônios dos animais, que ficam estressados, o que baixa sua imunidade.

Promover o conforto térmico diminui o risco de mastite.

  • Trate os casos clínicos – É comum o uso de antibióticos, via intramamária, para combater os casos de mastite. Alguns diagnósticos pedem também o uso de anti-inflamatório.

O indicado é fazer exames diagnósticos que identifiquem os agentes causadores.

É importante ressaltar que são variados os patógenos causadores da mastite e a identificação deles é que irá direcionar o tratamento.

O protocolo indicado para cada animal deve ser definido, de forma individualizada, por um médico veterinário.

A equipe que trabalha na propriedade deve atuar em conjunto, para evitar os casos da mastite e cuidar da saúde dos animais infectados.

  • Vacas com mastite crônica devem ser descartadas – Elas contaminam o ambiente podendo infectar outros animais sadios.

Fontes: Nutrimais; Embrapa; Fundação Roge; Canal Rural; e Prodap.  

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A sodomia bovina é comum em confinamentos, mas pode ser controlada

A sodomia bovina consiste no ato de um animal montar o outro e, controlá-la, é um grande desafio para pecuaristas de gado de corte.

Esse comportamento é encontrado em machos inteiros e pode levar o animal a ter lesões ou até morrer.

“A sodomia bovina é uma alteração bem comum em confinamentos e entre as principais causas está a questão hormonal, quando falamos de animais mais novos, entrando na puberdade. Esse é um motivo de levar os animais a quererem montar uns nos outros, porque com os hormônios mudando, gera essa monta constante”, explica o médico veterinário da Nutrimais Saúde Animal, Jonathas Bonaldo.

Mas a sodomia bovina pode afetar também animais mais velhos.

“Quando falamos em confinamento, em animais mais velhos, devemos pensar em alteração do manejo do confinamento. Por exemplo, a separação de lotes de animais com diferença muito grande entre porte ou idade, isso gera dominância e o animal quer dominar o outro pela monta. Quando falamos em lotação muito alta, isso também gera estresse muito alto, levando os animais a quererem montar no outro”, completa Jonathas. 

CREEP-FEEDING E CREEP-GRAZING: SAIBA A IMPORTÂNCIA DELES DENTRO DA PECUÁRIA

Também é importante que o pecuarista esteja atento para a oferta de comida nos cochos.

Quando eles não estão devidamente abastecidos, ou existe dificuldade para que os animais tenham acesso ao alimento, é gerado estresse que, muitas vezes, leva ao comportamento de sodomia bovina.

Sodomia Bovina

A sodomia bovina é mais comum em animais confinados do que entre os criados soltos no pasto.

Isso acontece porque a disponibilidade de espaço facilita o deslocamento maior do bovino que está sendo perseguido.

Com isso, o espaço reduzido dos confinamentos, a necessidade de dominância e o clima mais quente, acabam sendo um agravante.

A sodomia bovina pode atingir diferentes raças e cruzamentos, sendo um dos principais problemas registrados em sistema de confinamento.

Quando não é controlada, a sodomia bovina pode levar o pecuarista a ter prejuízos significativos que são ocasionados por:

  • Perda de peso no animal que está sendo perseguido;
  • Carcaças condenadas por contusões oriundas das montas de sodomia bovina; e
  • Perda de animais que podem morrer devido a lesões e dificuldade de ganho de peso, por montarem repetidamente.

Evite a Sodomia Bovina

Uma das práticas capazes de diminuir a sodomia bovina é a castração dos novilhos em engorda, mas é preciso cuidado ao optar por ela.

A castração pode comprometer o desempenho do gado que está confinado que ganha de 10% a 15% menos peso que o boi inteiro, um prejuízo significativo.

Existem ações que podem ser bastante eficientes no controle da sodomia bovina, causando menos prejuízos. Selecionamos algumas:

  • Sempre que possível, o produtor deve selecionar um grupo que já estava junto no pasto, para ficar junto no curral;
  • Separe os lotes por biotipos parecidos, para que os animais sigam um padrão, pois isso evita a competição. Grupos dos mochos, dos castrados, dos inteiros, dos grandes, etc;
  • O cocho deve estar sempre bem abastecido e a estrutura deve ser pensada para atender, de forma confortável e de fácil acesso, todos os animais do lote;
  • É importante que se pense em lotes menores, pois além de melhor controle da sodomia bovina, também é mais fácil monitorar a saúde geral do animal; e
  • Existem alguns suplementos e medicações homeopáticas que podem ser indicadas para atenuar o comportamento de sodomia, nesses casos é necessária a orientação de um Veterinário ou Zootecnista.

Lembre-se que, controlar a sodomia é possível, e isso garantirá a saúde e produtividade do animal.

Assim sendo, também ficará garantida uma maior lucratividade do pecuarista.

Fique atento ao seu rebanho e invista em manejo de qualidade e no bem-estar dos animais.

Fontes: Nutrimais; Cursos CPT; Agrolink: e Realh.

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Controle leiteiro é eficaz para selecionar as vacas dentro da propriedade

Ao falar de controle leiteiro é importante entender que, mais significativo que os picos de lactação é a sua regularidade.

A avaliação geral de uma vaca deve considerar também a reprodução, avaliando o numero de partos e o volume de leite produzido.

“O controle leiteiro é uma das mais importantes informações dentro de um rebanho leiteiro. Ele consiste no registro da pesagem individual, periódica e regular, do leite produzido em 24 horas, essa informação é uma excelente ferramenta para que seja possível selecionar as vacas dentro da propriedade”, aponta Bruna Gasparini, Zootecnista da Nutrimais Saúde Animal.

Ela pontua que é possível orientar, de acordo com o manejo de ordenha daquele determinado grupo de vacas, em relação a nutrição, de acordo com o volume produzido de leite.

“É possível também decidir a respeito da secagem de determinada vaca e definir a questão da seleção desse animal dentro da propriedade. O ideal é que todas as vacas da propriedade tenham a sua produção de leite controlada”, completa Bruna.

Quando se faz o controle leiteiro é possível conhecer a produção diária de cada animal, além de estimar o que será produzido mensalmente.

6 DICAS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DE LEITE DO SEU REBANHO

O ideal é que esse controle leiteiro seja feito em todo o rebanho, mensalmente, lembrando que, se a vaca é ordenhada mais de uma vez ao dia, é preciso somar o volume total produzido.

Hoje existem softwares bastante eficientes, que auxiliam no controle leiteiro, armazenando também o histórico da vaca.

É importante registrar o nome e número da vaca, seu lote e a produção do dia.

Outras informações relevantes são o seu estado reprodutivo, data do último parto e dias em lactação.

Quanto à secagem das vacas ela deve ser feita 60 dias antes do parto, independente da produção, pois existe a necessidade de descanso.

Mas quando a produção se torna muito baixa, mesmo a vaca estando em outra fase, é recomendado secar.

Controle leiteiro

O controle leiteiro pode ser oficial, quando é feito por instituições credenciadas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que emitem laudos sobre a produtividade e composição do leite.

Pode não ser oficial, mas tão importante quanto, porque é realizado pelo produtor, sendo fundamental para acompanhar a produção do animal.

Quem investe na comercialização do gado do leite, deve levar em consideração o controle leiteiro oficial.

Através dele, fica mais fácil precificar o animal, baseado no resultado da sua produção.

Dentro da propriedade, fazer o controle leiteiro auxilia para a tomada de decisão em relação ao rebanho, tornando-o mais produtivo.

Para quem ainda não faz o controle leiteiro, a dica é iniciar pelas vacas que pariram recentemente, entre 05 e 45 dias.

Depois siga acompanhando os animais até o final da lactação.

Assim a atividade fica mais eficiente e fácil de controlar, porque vão entrado animais novos aos poucos.

Quando o controle leiteiro é feito, os resultados podem apontar de forma clara, alterações necessárias para uma maior eficiência do rebanho.

Entre as possibilidades estão:

  • Identificar os melhores animais do rebanho;
  • Saber a produção média no pico da lactação;
  • Entender se a nutrição dos animais está sendo suficiente e correta;
  • Selecionar os animais em lotes, de acordo com sua média de produção, assim, as ações podem ser mais eficientes;
  • Selecionar quais animais estão com produção ruim e devem ir para o descarte; Selecionar as crias das melhores vacas para um rebanho de maior desempenho.

+Leite

Para auxiliar os pecuarista a potencializarem a produtividade do rebanho, a Nutrimais disponibiliza o +Leite, um suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de leite de todas as idades e em todas as suas fases de criação.

Associado aos aditivos Probióticos e Prebióticos (beta glucanas, mananoligossacarideos e glucomananos), Levedura seca de cana-de-açúcar, aminoácidos, macro e microminerais.

É sempre interessante lembrar que, para ter um rebanho leiteiro produtivo é importante investir na saúde e qualidade de vida dos animais.

Manejo alimentar, melhoramento genético, instalações adequadas e processo de ordenha estão entre os fatores que podem influenciar na baixa da produção.

Ao fazer o controle leiteiro, conte com o acompanhamento de um profissional capacitado que poderá fazer alterações nos processos para reverter possíveis perdas.

Fontes: Nutrimais; Fundação Roge; Gado Holandês; Prodap; e Cursos CPT.

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Produtividade: é possível criar gado de corte em pequena propriedade?

A pecuária brasileira não para de crescer e os números abaixo mostram isso. É preciso ficar atento também à outra tendência, que é a de criar gado de corte em pequenas propriedades.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil tem um rebanho bovino superior a 218 milhões de cabeças.

O Valor Bruto da Produção Pecuária, de janeiro a agosto de 2021, segundo o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi de R$ 155,03 milhões, no mercado bovino. 

Mas para entrar no segmento não é preciso investir em grandes extensões de terra, o gado de corte pode sim, ser criado de forma saudável e lucrativa em pequenas propriedades.

Para quem deseja investir em gado de corte é importante, antes de mais nada, conhecer um pouco do mercado.

Entender o custo de produção, a demanda, qual raça se adapta melhor ao local que está a propriedade e os cuidados para que esse gado seja, de fato, produtivo.

Esses detalhes farão o seu negócio muito mais lucrativo, do que ter apenas uma grande área.

Vantagens na criação de gado de corte em pequena propriedade

Uma das vantagens de criar gado em pequena propriedade é conseguir fazer um melhor monitoramento do rebanho.

Isso possibilita entender o que funciona para um ganho de peso mais efetivo, e uma melhor projeção para o tempo de abate.

Além, é claro, de entender os investimentos necessários, para garantir que o gado esteja saudável, fazendo uma conversão alimentar de alta performance.

A qualidade da forrageira é outro fator que merece atenção, afinal, a maior parte do rebanho brasileiro ainda tem, no pasto, sua maior fonte de alimento.

ENGORDA DO BOI EM CONFINAMENTO: ENTENDA MAIS SOBRE O ASSUNTO

Se essa for a realidade da sua pequena propriedade, invista no manejo do pasto e lembre-se de se preparar para o período de seca.

Em muitos casos, a solução encontrada para compensar a alimentação durante o período de estiagem é silagem.

Outra opção é investir em irrigação, mas, como tudo em um negócio, é preciso avaliar os custos e benefícios, para saber o que vale a pena.

Investir no chamado pastejo rotacionado (divisão da área de pastagem em piquetes, que são submetidos a períodos rotacionados de pastejo e descanso) é uma forma de aumentar a produtividade que traz vantagens como:

  • Maior controle sobre a quantidade de pasto disponível;
  • Recuperação da forrageira que fica mais vigorosa e nutritiva com o período descanso;
  • Pastagem com maior vida útil;
  • Menor custo com recuperação do pasto;
  • Menor infestação de plantas invasoras; e
  • Redução de perdas de pastagem devido ao pisoteio excessivo dos animais.

Gado de corte em pequena propriedade

O sistema de confinamento também é bastante indicado para criar gado de corte em pequenas propriedades.

Nesse caso os animais são alimentados no cocho, com ração e silagem, precisando de menos espaço físico com pastagens.

A saúde e produtividade do gado também atinge melhor performance com os suplementos minerais.

Eles podem ser oferecidos para gado em confinamento e em pasto.

Para auxiliá-lo, a Nutrimais oferece opções para diferentes fases da vida do gado de corte:

  • +Controle - núcleo para mistura destinado aos bovinos de corte e leite, de todas as idades e em todas as suas fases de criação, contendo aditivos probióticos e prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos), sulfato de ferro e enxofre ventilado.
  • +Engorda - suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de corte de todas as idades e em todas as suas fases de criação. Associado aos aditivos probióticos e prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos), e levedura seca de cana-de-açúcar.
  • + Cria e Recria - suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de cria e recria de todas as idades e em todas as suas fases de criação. Associado aos aditivos probióticos e prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos), levedura seca de cana-de-açúcar, macro e microminerais.

Cuidados com o gado de corte

Mesmo que seja uma pequena propriedade, o gado de corte precisa de uma estrutura mínima, como os cochos e bebedouros.

É importante que os cochos tenham cobertura, para que o alimento fique melhor protegido, especialmente de chuvas.

Tanto os cochos como bebedouros devem ter espaço suficiente para que os animais tenham acesso fácil, mesmo que outros estão no local.

Lembre-se sempre que:

  • Água de qualidade é fundamental para a engorda do gado de corte; e
  • Se o acesso ao alimento e água for dificultado, pode fazer o animal desistir de consumi-lo, prejudicando seu desenvolvimento.

Ainda que sua criação de gado de corte seja em uma pequena propriedade é indispensável cuidar da saúde dos animais.

Manter as vacinas em dia e um veterinário que possam acompanhar a saúde do rebanho é fundamental.

Fontes: Giro do Boi; Dia Rural; Folha do Mate; Comprar Rural; WM Borrachas

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Febre aftosa: Pecuaristas e autoridades seguem focados em extinguir a doença

Uma das principais preocupações dos pecuaristas é que seu rebanho não seja atingido pela febre aftosa.

Trata-se de uma doença infecciosa e aguda que, como o próprio nome sugere, causa febre nos animais.

Outra consequência comum são as aftas que atingem a boca e língua, e também podem aparecer úlceras nas patas dos animais de cascos com fendas.

Com isso é comum que os animais apresentem salivação acima do comum, com dificuldade para mastigar e engolir os alimentos.

Outros sintomas da febre aftosa são:

  • Tremores;
  • Queda da produção de leite, em animais leiteiros, com visível incômodo nas mamas ao serem ordenhados ou amamentarem;
  • Dificuldade para caminhar, com tendência a mancarem, devido aos machucados nos pés; e
  • Fraqueza e apatia do animal que tende a se isolar e deitar no pasto.

Além dos bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos também podem ser contaminados com a febre aftosa.

Provocada por vírus, a doença pode gerar um grande prejuízo, pois impacta diretamente na produção de leite e carne.

Quando existem registros da febre aftosa em uma determinada região é comum que aconteçam barreiras comerciais, impedindo exportações dos produtos.

Altamente contagiosa, ela pode se espalhar rápido entre o rebanho sendo transmitida pelo animal doente ao sadio, de forma direta ou através de água, alimentos ou mesmo objetos que tenham sido infectados.

Isso acontece porque o animal doente elimina os vírus pela saliva, leite, urina, fezes e sêmen, deixando o ambiente contaminado.

De forma geral a contaminação se dá pelas mucosas das vias digestivas, ou por via respiratória.

A AGROPECUÁRIA DO BRASIL TEM IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA DENTRO DA ECONOMIA

O diagnóstico da febre aftosa é feito clinicamente.

São observados os sintomas e o animal é submetido a exame laboratorial do tecido da mucosa, que poderá confirmar a doença.

Quando a febre aftosa se confirma, é estabelecida uma zona de proteção com um raio mínimo, definida pelos órgãos responsáveis.

Os animais são isolados e o caso será comunicado, internacionalmente, é feito um rigoroso trabalho de vigilância sanitária.

O objetivo é eliminar as fontes de infecção e, assim, retornar a área como livre da doença.

Animais susceptíveis das áreas atingidas pela febre aftosa serão avaliados.

Os doentes serão sacrificados e as carcaças destruídas ou tratadas para a inativação do vírus.

Prevenção e Tratamento da Febre Aftosa

Em animais adultos, a taxa de mortalidade pela febre aftosa é considerada baixa, mas animais jovens têm registros consideráveis de problemas cardíacos que levam à morte.

Até o momento foram identificados sete tipos do vírus da febre aftosa e apenas com exame é possível saber qual deles atingiu o animal.

Aos humanos a doença não representa riscos consideráveis, sendo raros os casos de infecção.

A febre aftosa não é transmitida pelo consumo de carne, leite ou derivados de animais que estejam infectados.

Pessoas que lidam com animais infectados e não tomam os devidos cuidados, podem apresentar sintomas como feridas nas mãos.

Até o momento não existe um tratamento para a febre aftosa, sendo que o animal se recupera de forma natural, em, aproximadamente, três semanas.

E tem ainda os que apresentam sequelas e deformidades e os que não resistem.

De qualquer forma, a orientação é que todos os animais infectados sejam sacrificados, para evitar a disseminação da doença.

Prevenir a febre aftosa é possível com o uso da vacina.

No Brasil ela é obrigatória e deve ser aplicada a cada seis meses, em animais a partir de três meses de vida.

O pecuarista deve seguir a dosagem para cada animal, modo de conservação e prazo de validade recomendados pelo fabricante.

A vacina deve ser injetada na tábua do pescoço do animal, entre a pele e o tecido muscular, com cuidado, para evitar que forme um caroço no local.

Febre Aftosa

Os primeiros casos da doença foram registrados na Europa, chegando a América do Sul por volta de 1850.

No Brasil, os primeiros registros foram em 1870, sendo que em 1990, o Rio Grande do Sul teve muitos focos da doença.

O estado vacinou quase três milhões de cabeças de gado, em 1992.

O trabalho de controle sanitário conseguiu diminuir os focos da doença em todo país.

O ultimo caso de febre aftosa foi registrado em 2006, em Minas Gerais.

Mas apenas em 2018, a Organização Mundial da Saúde Animal certificou o Brasil como um país livre da aftosa.

Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso, são reconhecidos internacionalmente, como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

Atualmente, 20% do rebanho bovino brasileiro deixou de ser vacinado e a expectativa é que, até 2026, a vacinação contra a febre aftosa seja extinta no Brasil.

Enquanto isso não acontece, é importante seguir a determinação indicada para sua área, ajudando na erradicação da doença.

Fontes: Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Canal Rural; Conselho Federal de Medicina Veterinária; G1; e Brasil Escola.

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A agropecuária do Brasil tem importância significativa dentro da economia

A agropecuária do Brasil tem um papel importante dentro da economia nacional, já que o agronegócio é, atualmente, responsável por 26,6% do PIB – Produto Interno Bruto.

Falar de PIB é considerar todas as riquezas que são produzidas dentro de um país.

A vasta extensão territorial, o solo fértil e o clima são fatores importantes para o impulsionamento da agropecuária do Brasil.

Todo tipo de grão consegue se reproduzir por aqui, bem como frutas, hortaliças e outros elementos que servem para a alimentação, ou como matéria-prima para outros produtos.

Isso faz com que o mundo fique atento à agropecuária do Brasil, pois estima-se que, nos próximos anos, parte significativa dos alimentos do mundo, sejam produzidos no país.

Espécies animais, que integram a pecuária, também encontram boas possibilidades de se reproduziram por aqui.

A agropecuária é uma atividade ligada ao setor primário da economia.

Ela está diretamente associada ao cultivo de plantas, chamado de agricultura e à criação de animais para o consumo, a pecuária.

Para que a agropecuária do Brasil siga com alta produtividade, é fundamental investir em técnicas que reduzem as perdas.

Isso é cada dia mais facilitado pelo uso de ferramentas tecnológicas e a capacitação de quem atua em toda a cadeia produtiva.  

Um dos grandes desafios produtivos da agropecuária do Brasil é seguir ampliando a produtividade, diminuindo os impactos ambientes causados.

Agropecuária do Brasil

O cultivo da terra é, historicamente, um fator que sempre foi considerado como importante para a economia nacional.

A agropecuária do Brasil começou pelas mãos dos índios, se espalhando aos pequenos agricultores e, ainda hoje, a grande maioria das propriedades é gerida pela agricultura familiar.

Depois entendeu-se que a criação dos animais, para a alimentação e o uso de seus produtos, também podia ser algo lucrativo.

Hoje, a tecnologia de ponta está, a cada dia, mais presente na rotina da agropecuária do Brasil, impulsionando o setor.

A agropecuária do Brasil pode ser divida em dois sistemas de produção:

  • Extensivo - menor uso de tecnologia, o que leva a uma produção mais baixa. Em geral o cultivo da terra e a lida com os animais é feita pelo agricultor e sua família
  • Intensivo - investe em mecanização dos processos e uso da tecnologia. Mesmo em propriedades pequenas, de agricultura familiar, é possível ver o resultado produtivo.

Beneficiamento de sementes, melhoramento genético, automação das máquinas são algumas das suas características.

Agropecuária do Brasil em números

Dados divulgados em setembro, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostram os números da agropecuária no Brasil, em 2021.

Os valores são por bilhões de reais e, tendo como base o VBP – Valor Bruto da Produção lideram o ranking:

  • Soja – 362,34
  • Bovinos – 155,03
  • Milho – 122,92
  • Frango – 103,39
  • Cana-de-açúcar – 85,42
  • Leite – 49,92
  • Café – 35,90
  • Suínos – 30,60
  • Algodão – 26,27
  • Arroz – 20,52
  • Ovos – 17,53
  • Laranja – 15,49

O VBP de 2021, com base nas informações de agosto, situa-se 9,7% acima do valor de 2020, de R$ 1,01 trilhão.

As lavouras tiveram acréscimo de 11,9% e a pecuária acréscimo de 5,4%.

PECUÁRIA E AGRICULTURA: AS FORÇAS DO AGRONEGÓCIO PODEM CAMINHAR JUNTAS

Pegando por base os estados brasileiros, os cinco primeiros colocados são:

  • Mato Grosso - R$ 191,7 bilhões;
  • Paraná - R$ 142,6 bilhões;
  • São Paulo - R$ 126,4 bilhões;
  • Rio Grande do Sul - R$ 121,5 bilhões; e
  • Minas Gerais - R$ 111,7 bilhões.

As exportações totais da agropecuária brasileira, no acumulado de janeiro a agosto, ultrapassam U$ 83,5 bilhões.

Sendo que os estados que mais exportam, por ordem decrescente são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Quando falamos em produtos os destaques são:

  • Complexo da Soja – 45,69%;
  • Carnes – 15,75%;
  • Produtos Florestais – 10,70%;
  • Complexo sucroalcooleiro – 7,78%; e
  • Café – 4,59%.

Fontes: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Revista Globo Rural; Forbes; Toda Matéria; e Mundo Educação.  

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Creep-feeding e creep-grazing: Saiba a importância deles dentro da pecuária

O creep-feeding e o creep-grazing são aliados importantes para a produtividade da pecuária bovina, oferecendo uma nutrição adequada, que possibilita a desmama precoce dos bezerros.

“O creep-feeding é uma estrutura implantada na propriedade, onde é fornecido um concentrado para os bezerros onde somente eles têm acesso e não as matrizes”, explica a Zootecnista da Nutrimais Saúde Animal, Bruna Gasparini.

Ela completa dizendo que “no sistema de creep-grazing é separada uma área na propriedade, onde é fornecido uma forrageira de melhor qualidade, possibilitando o acesso somente dos bezerros e não das matrizes. ”

A Zootecnista destaca que “ambos permitem um maior desenvolvimento e crescimento desses animais, favorecendo uma desmama mais precoce. ”

O creep-feeding funciona como um reforço alimentar para o bezerro, que ainda está mamando, onde é oferecida ração concentrada e balanceada.

O bezerro irá receber a suplementação no cocho, o que irá colaborar para o seu ganho de peso.

O sistema é parecido no creep-grazing, mas a alimentação disponível é de forrageiras que tenham melhor qualidade e sejam mais nutritivas.

É importante que os bezerros que ainda não desmamaram tenham contato visual com as matrizes, ou seja, suas mães.

Por isso, pense em um espaço que possibilite que eles, mesmo que separados, posam continuar se vendo.

Para atrair os bezerros aos espaços, a dica é colocá-los junto com outros animais, que estejam no mesmo processo e já conheçam o caminho.

Em geral, o bezerro se sentirá guiado e seguro, se adaptando mais facilmente ao local.

Creep-feeding

É chamado de creep-feeding um tipo de cercado, com largura e altura limitados, para que entrem apenas animais jovens, que são menores.

Quando falamos em bovino de corte, a taxa de desmama e a quantidade de quilos do bezerro desmamado influenciam na eficiência do processo de criação.

Por isso, o creep-feeding tem se tornado tão interessante e conquistado muitos produtores.

Quanto mais peso o bezerro estiver no desmame, menor será seu tempo de abate, garantindo a lucratividade.

Animais que ainda não desmamaram, ou estão no processo, precisam de ração e suplementação ideais para a fase na qual estão, por isso, não devem comer o que é oferecido aos animais adultos.

SAIBA COMO FAZER A ENGORDA DO REBANHO UTILIZANDO SUPLEMENTOS MINERAIS

Além do peso ao desmame, conheça outros pontos positivos do creep-feeding:

  • Melhoria na condição corporal da mãe/matriz;
  • Possibilidade da mãe voltar mais rápido ao cio;
  • Crescimento da taxa de prenhez; e
  • Bezerro menos dependente da mãe para sua nutrição, o que reduz o número de mamadas.

A Nutrimais conta com o +Cria e Recria, um suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de cria e recria de todas as idades e em todas as suas fases de criação.

Associado aos aditivos probióticos e prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos), levedura seca de cana-de-açúcar, macro e microminerais.

Para quem está avaliando qual a estrutura ideal para o creep-feeding, segue uma sugestão para o cercado e cocho:

  • Área do cercado – média de 1,5m2/cria, com espaço mínimo de dois metros entre o cocho e a cerca, para que o bezerro possa circular.
  • Dimensões da entrada – 0,40 metros de largura por 1,20 metros de altura.
  • Para até 50 bezerros faça quatro entradas. Se o plantel for maior, dimensione o número de entradas.
  • O cocho deve ter 0,10 metros/cria de comprimento e largura que possibilite dois animais se alimentarem ao mesmo tempo, um de cada lado.

Creep-grazing

O creep-grazing tem a mesma base de funcionamento do creep-feeding, mas ao invés de ração, é oferecido pasto.

É selecionado um espaço de melhor pastagem, que seja mais nutritiva e a área é designada exclusivamente aos bezerros.

Eles precisam de forrageiras que ajudem a fortalecer seu sistema imunológico, ainda em formação.

Entre as forrageiras mais indicadas estão: mineirão, colonião, coast-cross, milheto e estilosantes.

Sendo assim, é importante destacar que, antes de pensar em creep-feeding e creep-grasing é importante fazer uma análise do seu negócio.

Avalie a realidade da sua propriedade e os objetivos com o seu rebanho e, se necessário, busque orientação de um profissional.

Fontes: Nutrimais; Zootecnia Brasil; Educa Point; Coimma; e Paracatu Rural

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Cotações pecuárias: para fechar bons negócios, é essencial acompanhá-las

Ao investir em um negócio é preciso estar atento ao mercado, por isso, se você é produtor de gado deve acompanhar as cotações pecuárias.

As oscilações de preços servem para definir, por exemplo, o melhor momento para as negociações.

Será que vale a pena vender o gado agora, ou é melhor esperar mais algumas semanas?

Outra variação comum está diretamente ligada ao local onde o boi está sendo negociado, ficando evidentes as mudanças nas cotações pecuárias.

Quando se compara São Paulo com outras regiões, as diferenças de preços são bastante claras.

Isso acontece por uma série de fatores que são levados em consideração, como o equilíbrio entre oferta e demanda.

A cotação pecuária também deve ser avaliada de acordo com a região, pois ela não indica, de forma geral, possíveis movimentos do mercado como um todo.

Mas estar atento às oscilações de determinados lugares é importante, pois, em algum momento, pode ser interessante negociar e buscar o gado em outras localidades, mesmo que um pouco mais distantes.

Acompanhar as cotações pecuárias diariamente é um dever de casa, que todo produtor deve fazer, garantindo assim uma maior lucratividade.

Na hora de negociar, também é importante estar atento se o trâmite está sendo feito diretamente com o frigorífico.

Cotações Pecuárias

Quem atua na cadeira produtiva da pecuária sabe a importância de estar atento às cotações, mas, os preços deveriam ser acompanhados pelo público em geral.

Quando a arroba do boi sobe ou desce, especialmente em oscilações maiores, o reflexo chega à mesa das famílias.

E isso não significa atuar no orçamento apenas de quem consome carne, pois tudo funciona em forma de cadeia.

O mesmo acontece com o leite, quando ele sobe todos os derivados são impactados, assim como produtos que tem o item como matéria-prima.

Quando se fala em cotação pecuária, significa estabelecer o preço, ou o valor, do produto que vem da pecuária e um exemplo é boi de corte.

PECUÁRIA BRASILEIRA SE PROFISSIONALIZOU E ESTÁ ENTRE AS MAIORES DO MUNDO

Essa cotação pecuária, para ser definida, leva em consideração uma série de fatores como o da alimentação oferecida ao gado.

Teve chuva para manter os pastos produtivos, ou foi necessário investir em silagem? Quanto se usou de suplementação? O preço dos insumos manteve-se equilibrado ou aumentou consideravelmente no período?

Quando falamos de cotações pecuárias e índices no segmento de agronegócios, precisamos lembrar do Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP.

Ele é um dos órgãos responsáveis por determinar os índices e integra a Esalq - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

Mensalmente são elaborados quatro índices relacionados com o desempenho das exportações brasileiras, ligadas ao agronegócio:

  • IPE - Índice Preços FOB em dólar;
  • IVE - Índice de Volume;
  • IC - Índice do Câmbio Efetivo do Agronegócio; e
  • IAT - Índice e Atratividade das Exportações.

Acompanhar a variação desses índices também deve fazer parte da rotina de quem atua no mercado agropecuário, pois pode indicar como ficarão as cotações pecuárias nas próximas semanas.

Preço por arroba ou cabeça?

Quando falamos da principal cotação pecuária, que é o preço do boi gordo pronto para o abate, a referência é feita em arroba.

A arroba (@), como símbolo, é usada desde a idade média, como uma abreviação encontrada em livros contábeis e registros de mercadorias.

Pesquisas mostram que, anos mais tarde, o símbolo @ passou a ser usado pelos espanhóis, tendo a mesma definição que conhecemos hoje.

O significado de arroba veio do árabe ar-ruba, que é a quarta parte de outra medida, o quintar, equivalente a 58,75 quilos; ou seja, a arroba é 14,68 quilos.

Arredondada para 15 quilos, a arroba é usual na cotação pecuária.

Já quando a referência é o preço pela carcaça do boi, significa carne e osso, descartando assim as outras partes.

Acompanhe abaixo outras cotações pecuárias comuns, usadas para reposição, e os preços praticados no final de setembro de 2021.

A cotação pecuária é da Scott Consultoria, para Nelore, na praça de São Paulo.

  • Bezerro 12 meses – R$ 2.900 (cabeça)
  • Garrote 18 meses – R$ 3.400 (cabeça)
  • Boi magro 30 meses – R$ 3.850 (cabeça)
  • Bezerra 12 meses – R$ 2.400 (cabeça)
  • Novilha 18 meses – R$ 2.800 (cabeça)
  • Vaca boiadeira/de descarte – R$ 3.000 (cabeça)

Já a arroba do boi está sendo negociada, em praças do estado de São Paulo, por
R$ 295,50.

Portanto, esteja atento às cotações pecuárias. Hoje existem várias fontes confiáveis que disponibilizam aplicados gratuitos, para serem acessados em tempo real, do seu celular.

Fontes: Canal Rural; Scott Consultoria; Pecuária; Portal DBO; e Agro 2.0.

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