Fazer uma correta ordenha bovina influencia na qualidade do leite

Pecuaristas do segmento de gado leiteiro sabem que o processo produtivo demanda uma série de cuidados, e um dos mais importantes está relacionado com a ordenha correta.

Quando feito de forma adequada, o manejo da ordenha reduz a contaminação por micróbios, além de preservar as características químicas e físicas do leite.

A ordenha correta é aquela realizada de forma rápida e que seja eficiente o bastante para preservar a saúde das vacas.

Quando o processo de ordenha não é feito da forma correta, seja pelo mau uso da ordenhadeira, ou pela pouca habilidade manual de quem está realizando o processo, isso vai prejudicar a produtividade e, como consequência, impactar no lucro.

Para não correr esse risco, o ideal é que, em propriedades maiores, onde a ordenha é mecânica, a equipe passe por treinamento para que se adapte bem ao processo.

E onde o volume de animais é menor, e a ordenha é manual, também é necessário que as pessoas que realizam a tarefa saibam a forma certa de proceder.

Anatomia é importante para a ordenha

Conhecer a anatomia e fisiologia do úbere das vacas, o comportamento do animal durante a lactação, o manejo e funcionamento da ordenhadeira, e todo o protocolo de higiene, influencia de forma direta na saúde do animal e qualidade do leite produzido.

Além disso, quem tem contato direto com as vacas precisa redobrar os cuidados com a própria higiene, para evitar contaminar o leite com micro-organismos.

Invista na correta higiene das mãos, que devem ser lavadas com água e sabão, além de alguns locais optarem também pelo uso de luvas.

É preciso atenção com os cabelos ou roupas, para que não entrem em contato com o leite, e contaminem o alimento. O uso de botas próprias e aventais são bem-vindos.

Todo o cuidado com a higiene também deve ser levado até o curral, ou sala de ordenha, que precisam estar limpos no momento de retirar o leite das vacas. O balde onde será coletado o leite, assim como os demais utensílios, inclusive os de ordenha mecânica, precisam ser bem limpos, para não correr o risco de qualquer infecção.

Os profissionais responsáveis pela ordenhada devem ser calmos, ainda que uma ou outra vaca tenha temperamento mais difícil, pois se perder a paciência, o animal também ficará sobressaltado, o que irá dificultar ainda mais o processo.

Vacas que sofrem maus tratos reduzem cerca de 10% da produção de leite. 

Ordenha Correta

Organizamos os principais passos para a realização da ordenha correta. Acompanhe para sanar suas dúvidas sobre o processo.

  • As vacas que serão ordenhadas devem ser separadas de acordo com a saúde de suas mamas, sendo: vacas sadias; vacas que já tiveram algum problema no úbere e foram tratadas; e vacas com mastite clínica que estão em tratamento, sendo que o leite destes animais deve ser descartado.
  • Faça a lavagem dos úberes sujos com água limpa.

Em algumas propriedades, antes da ordenha mecânica, é utilizada uma solução desinfetante nos tetos das vacas, à base de clorexidina e iodo, mas é necessário ter orientação técnica para que a dosagem seja ideal.

Em ambos os casos seque com toalha de papel descartável.

  • Os três primeiros jatos o leite devem ser descartados, mas antes é preciso observar se o leite está com aspecto normal. Grumos e coágulos podem indicar alteração, que inclusive são comuns em casos de mastite clínica.

Também observe os tetos e sistema mamário das vacas para se certificar sobre a presença de edemas, calor, assimetria e endurecimento. Se algo for percebido o ideal é isolar a vaca e depois cuidar da ordenha e saúde dela de forma particular.

Pecuária leiteira: Veja dicas para aumentar a produção de leite das vacas

  • O processo de ordenha, em si, deve ser completo e rápido. Logo após o teste inicial, onde há o descarte do leite e também sua observação, são colocadas as chamadas teteiras, que devem estar bem ajustadas para evitar o deslizamento e a entrada de ar.

Caso entre ar acontece a flutuação de vácuo no sistema, podendo causar lesões nos tetos das vacas. E se houver a queda das teteiras durante a ordenha, pode acarretar no fluxo inverso do leite, levando sujidade para as glândulas mamárias.

A ordenha não deve ser parada antes que o processo completo seja concluído.

Isso porque o hormônio responsável pela liberação do leite, que é a ocitocina, age entre cinco a sete minutos, sendo que nos três ou quatro minutos após a preparação se ordenha 70% do leite da vaca.

Faça a troca das teteiras a cada 2500 ordenhas, verificando a pressão de vácuo diariamente.

Como aumentar a produção do seu rebanho com a nutrição animal correta

  • Quando o processo de ordenha finaliza é necessário fazer o desinfecção dos tetos, usando a mesma solução do início. Essa ação é capaz de reduzir os casos de mastite subclínica, de forma bastante significativa.
  • Para que as vacas fiquem de pé após o fim da ordenha é indicado oferecer alimentos. O ideal é que ela não deite por até duas horas após o processo, pois seu esfíncter fica aberto, e mais sujeito aos micro-organismos do ambiente.
  • Quanto ao leite, para que mantenha a qualidade e não corra o risco de estragar, precisa passar por um coador de náilon e depois ser resfriado de maneira adequada.
  • Mantenha sempre os mesmo horários de ordenha, pois o organismo dos bovinos se acostuma com o processo.
  • Não se esqueça de deixar a sala de ordenha devidamente higienizada, logo após a retirada dos bovinos, pois isso acelera o processo na hora de realizar a próxima ordenha.

Fontes: Jornal Dia de Campo; Cursos CPT; Milk Point; Vet Profissional; e Fundação Roge.

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A água é fundamental para a boa saúde e produtividade dos bovinos

É muito comum falar sobre a nutrição dos bovinos, mas a água também é fundamental para a saúde e produtividade dos animais.

Seja na criação a pasto ou em confinamentos, é preciso pensar na melhor estratégia para que os bovinos possam acessar a água de forma fácil e abundante. 

E mais, tudo que os animais ingerem impacta diretamente na sua saúde, por isso, assim como são pensadas a procedência dos alimentos, é preciso entender a procedência da água.

Infelizmente, ainda é muito comum que a qualidade da água oferecida aos bovinos seja negligenciada.

Independente da água ser proveniente de poços ou açudes, é preciso ficar atento para não esteja contaminada, e o mesmo serve para a água que é servida já em bebedouros próprios.

O ideal, além de cuidar da estrutura de fornecimento da água como um todo, é testa-la em intervalos pré-determinados, ou sempre que desconfiar que algo pode estar errado.

Ao fazer a análise da qualidade da água que será oferecida aos bovinos é preciso medir:

  • Acidez e alcalinidade, ou seja, o pH, sendo que o neutro é sete, maior que isso é alcalino, e menor é ácido;
  • Presença de sulfetos de hidrogênio;
  • Sulfatos de ferro e manganês, pois quando os sulfatos estão na água, eles se ligam a minerais como cálcio, cobre, selênio, sódio, magnésio e ferro. Se estiver em excesso, a água fica com sabor amargo e pode causar um efeito laxante;
  • Conteúdos sólidos totais dissolvidos;
  • Bactérias; e
  • População de algas.

Importância da água para os bovinos

Água limpa, potável, abundante e de fácil acesso é o que irá garantir a boa saúde e hidratação dos bovinos que consomem uma média de 50 litros por dia.

Uma conta mais fácil sobre esse consumo de água diária é pegar 10% do peso do animal e transformar em litros. Por exemplo, um bovino de 400 quilos vai consumir uma média de 40 litros de água por dia.

Estamos falamos de animais ruminantes, e a água é necessária na produção da saliva, que ajuda a quebrar e lubrificar o alimento, facilitando sua passagem pelo sistema digestivo.

E assim como acontece nos humanos, a água também regula a temperatura corporal dos animais, além de auxiliar na lubrificação das articulações.

Quando os bovinos não estão bem hidratados, isso impacta na sua qualidade de vida, atrapalhando sua conversão alimentar, o que irá diminuir a produtividade e lucratividade do produtor.

Bezerros recém-nascidos precisam de cuidados para se desenvolverem

Outra particularidade da água servida aos bovinos é no tocante a sua temperatura. Como o rúmen dos animais tem temperatura de aproximadamente 37 graus, o ideal é que a água não seja muito fria, pois irá causar desconforto ao ser ingerida, e o consumo será menor.

Muitos especialistas defendem a técnica de que em regiões muito frias a água deve ter temperatura morna, enquanto em regiões de clima quente a água deve ser mais fria.

Essa relação inversa entre a temperatura da água com e do ambiente em que o animal está ajuda a diminuir o estresse térmico, proporcionando bem-estar.

Alguns problemas que os animais apresentam quando não ingerem a quantidade ideal de água:

  • Doenças renais;
  • Diarreia;
  • Acidose metabólica;
  • Doenças respiratórias;
  • Problemas cardíacos; e
  • Torção de abomaso.

Atenção aos sinais que podem indicar desidratação: febre, mucosas ressecadas, sede, olhos fundos, falta de elasticidade da pele e desânimo.

O ideal diante de um ou mais desses sintomas é buscar avaliação de um veterinário, para que ele confirme o quadro e, em alguns casos, entre com a medicação adequada.

E quando pensamos na ingestão de água contaminada, as doenças mais comuns que elas causam são:

  • Diarreia;
  • Eimeriose;
  • Leptospirose;
  • Verminoses;
  • Botulismo; e
  • Leptospirose.

Sendo que as duas ultimas podem causar problemas sérios, como diminuir a taxa de prenhez e levar o animal a morte.

Bebedouros para os Bovinos

Uma opção que diminui o risco de contaminação dos animais é o uso de bebedouros, assim o gado não precisa ir até o lago, por exemplo, que sempre fica mais exposto, pois a água acaba não passando por nenhum tratamento.

Mas é preciso ficar atento para a quantidade de bebedouros disponíveis e essa distribuição deve ser feita com base no tamanho da propriedade, especialmente, pensando na quantidade de animais que irão acessá-lo.

Investir em bebedouros deve ser algo devidamente orçado pelo pecuarista, lembrando de avaliar o custo benefício envolvido e o risco de uma infecção que possa, inclusive, causar mortes.

Na hora de definir o tamanho dos bebedouros leve em conta quatro centímetros lineares por animal, e isso independe do formato do bebedouro.

Como margem de segurança, invista em um reservatório com capacidade para acumular, no mínimo, quantidade suficiente para o abastecimento de três dias, pois caso aja algum problema, é possível suprir as necessidades dos animais, até que tudo seja resolvido.

Outro cuidado envolve a limpeza dos bebedouros, que deve ser feita sempre que a água for trocada, ou estiver com muita sujeira acumulada no fundo.

Para isso, esfregue toda a superfície do bebedouro, incluindo paredes e fundo, com o auxílio de uma escova adequada.

Produtos químicos só devem ser utilizados se houver muita sujeira, mas nesses casos o enxague precisa ser ainda mais rigoroso, para que não fiquem resíduos. Depois é só encher novamente.

Fontes: Canal Rural; Giro do Boi; Rehagro; e Milk Point.

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Frangos que recebem nutrição adequada chegam mais rápido ao abate

Independente dos frangos serem criados soltos, nos terreiros das propriedades rurais, ou confinados nas granjas, para que eles ganhem peso e cheguem saudáveis ao abate é preciso investir em uma nutrição adequada.

Cada fase da vida do frango tem suas necessidades nutricionais, sendo necessário ficar atento a cada uma delas.

Os pintinhos devem ser alimentados, pela primeira vez, uma hora após o seu nascimento, e o indicado é uma solução de glicose, onde se dissolve 50 gramas de açúcar em um litro de água, assim eles hidratam e ganham energia.

No dia seguinte ao seu nascimento, os pintinhos começam a receber a chamada ração inicial que deve levar 20% de proteína e essa dieta vai até as oito semanas de vida.

Após essa fase a nutrição dos frangos passa por novas adequações. É uma etapa de puberdade para eles, onde será apresenta a ração de crescimento, que deve conter 16% de proteínas, isso se as aves forem destinadas à postura.

Frangos que serão destinados ao abate precisam de outro tipo de nutrição, com ração de crescimento que contenha até 20% de proteína.

A partir de 10 semanas de vida, as sobras de comidas podem ser agregadas, mas não é indicado deixar de utilizar a ração, o ideal é somar as duas coisas.

Nutrição dos Frangos de Corte

Tão importante quando saber balancear os elementos que compõem a ração, a nutrição dos frangos depende também da procedência do que é oferecido.

Nunca se esqueça de que, mais do que oferecer um alimento, é preciso saber nutrir as aves, pois disso depende sua saúde, produtividade, ganho de peso e qualidade da sua carne.

Para que os frangos possam receber uma alimentação com alto teor nutricional, é importante que a dieta tenha passado por processamentos de peletização e extrusão.

Isso significa submeter os alimentos a uma alta temperatura e pressão para que aja a quebra das ligações entre os nutrientes, especialmente os amidos e proteínas, pois além de ficarem mais disponíveis, serão de digestão mais fácil.

Além disso, o frango terá mais vontade de comer se a ração for homogênea, ou seja, onde todos os ingredientes estejam muito bem misturados, assim não terá como as aves pegarem apenas o que querem, o que atrapalharia sua nutrição como um todo.

Quando se fala em nutrição dos frangos, além do alimento é preciso pensar na água, que deve ser limpa e de boa qualidade, o que irá evitar a baixa absorção dos nutrientes e diminuir o risco de diarreia.

Conheça as principais doenças que atingem as aves e saiba como evitá-las

Já o chamado frango caipira, que é o que cresce de forma livre, longe das granjas, tem a base da sua nutrição com o acesso ao terreiro, ou seja, cisca livremente em busca de alimentos.

Nesse espaço, os frangos costumam comer larvas, minhocas, pequenos insetos e verduras, que podem também ser deixadas no local pelos produtores.

Junto a isso oferecer milho é uma boa opção, pois é um grão nutritivo, que deve ser oferecido duas vezes ao dia.

Para auxiliar na nutrição dos frangos a Nutrimais Nutrição Animal conta com +Aves, um concentrado destinado às aves, de todas as idades e em todas as suas fases de criação. Associado aos aditivos probióticos e prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos), levedura seca de cana-de-açúcar, aminoácidos, macro e microminerais.

O indicado é a inclusão de 250 mg por ave/dia, ou conforme orientação técnica.

Muitos produtores podem achar, em um primeiro momento, que investir em tantos processos para preparar melhor a mistura pode ser trabalhoso e exigir um maior investimento financeiro, mas a verdade é que isso compensa muito.

Como as misturas, quando feitas da forma correta, são muito nutritivas, os frangos irão consumir um volume menor e se sentirão satisfeitos, isso sem falar da conversão alimentar que é muito boa.

E o resultado é que, frangos que ganham peso com saúde chegam mais rápido ao abate e isso gera lucro para os negócios.  

Fontes: Nutrimais; Tecnologia no Campo; Aprenda Fácil Editora; Cursos CPT; e Semagro

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Nutrir corretamente os suínos impacta de forma positiva na produtividade

Quem investe em suinocultura sabe que a alimentação dos porcos tem como base cereais: milho, cevada e trigo, além de ração e suplementos, a depender do sistema produtivo. Mas para que eles ganhem peso de forma saudável e possam chegar bem para o abate em tempo padrão, é preciso entender como nutrir corretamente os suínos.

Pecuaristas do setor buscam formas de equilibrar as necessidades nutricionais, com produtividade e lucratividade e, por isso, não ter gastos extremos na produção.

E mais, é a alimentação que consome a maior parte dos custos quando falamos em criação de porcos.

Para saber a melhor forma de nutrir os suínos é importante ficar atento à fase de criação na qual eles se encontram, pois cada uma tem suas exigências de nutrientes.

Um exemplo é que os suínos com mais idade comem mais ração do que os animais jovens, isso faz parte da fisiologia, por isso é preciso oferecer uma maior concentração de nutrientes aos que estão no início da fase produtiva.

Essas fases produtivas podem ser dividias em:

  • Do nascimento ao desmame – precisam receber ocolostro da mãe nas primeiras 24 horas de vida, pois ele fornece energia e anticorpos.
  • Pós-desmame ou creche – é o período de transição da alimentação a base de leite para a sólida.

Os suínos serão separados das mães e precisam se adaptar aos comedouros e bebedouros, além da própria alimentação que será oferecida.

É preciso estar atento para conseguir nutrir corretamente os suínos durante esse período, além de checar se eles estão se alimentando e ganhando peso.

Fique atento para ingredientes de alta qualidade e que facilitem a digestão, para que o organismo deles se adapte mais facilmente.  Concentrados proteicos de soja, farinha de peixe e nucleotídeos são opções.

  • Crescimento - essa fase começa perto dos 70 dias de vida indo até os 110 dias, que é quando o suíno tem entre 25 e 60 quilos. Nessa etapa acontece o crescimento do tecido magro.

Os suínos precisam de um bom aporte energético e proteico, pois isso irá impactar o crescimento muscular.

Ofereça alimentos que possam ser consumidos de forma rápida, como os úmidos ou líquidos, outra opção são as rações peletizadas, de forma triturada.

  • Terminação ou acabamento – começa quando o suíno tem 60 quilos, e segue até o momento do abate. Para o bom ganho de peso, os animais devem consumir mais alimento do que o necessário para sua nutrição.

Conheça as principais raças de suínos e saiba em qual vale a pena investir

Rações balanceadas e cereais são os mais indicados, além de milho e soja existe a opção de sorgo e milheto.

Mas sempre fique atento com o valor nutricional da dieta, para que ela faça os dois papéis: engordar e nutrir corretamente os suínos, para que tenham boa saúde e ofereçam carne de qualidade.

  • Gestação – é indicado restringir os alimentos energéticos e manter os demais nutrientes, para cuidar melhor da fêmea e bebê.
  • Lactação - as fêmeas precisam ter mais alimentos à sua disposição, assim terão energia e irão produzir mais leites para alimentar os leitões.

A Nutrimais pode ajudar o produtor na nutrição dos suínos, pois conta com o +Suínos, um concentrado destinado aos suínos de todas as idades e em todas as suas fases de criação.

Associado aos aditivos probióticos e prebióticos, (mananoligossacarideos  e glucomananos), levedura seca de cana-de-açúcar, aminoácidos, macro e microminerais, ele deve ser misturado a outros ingredientes, de forma que garanta o consumo na proporção de quatro gramas do concentrado por animal/dia, ou de acordo com a recomendação do técnico responsável.

Como nutrir corretamente os suínos

Muitos especialistas acreditam que, mais do que promover a engorda dos animais, é preciso proporcionar que ele desenvolva a carcaça, por isso é tão importante nutrir corretamente os suínos.

Os porcos não devem ser pensados como animais que precisam ter gordura, unicamente, mas músculos.

Uma dica é incluir minerais como iodo, ferro, zinco, cobre e selênio nas dietas, e também vitamina D e dos complexos A e B, sempre com a orientação de um especialista que acompanhe a saúde dos suínos.

Saiba mais sobre alguns cereais presentes na dieta dos suínos que auxiliam a nutrir corretamente os suínos:

  • Milho – é uma boa fonte energética, em especial para os suínos pequenos, mas às vezes o preço eleva tendo que ser substituído.
  • Trigo – bastante utilizado em dietas de desmame de suínos e os nutrientes são melhor absorvidos quando ele é moído fino, pois quando grosso ele é menos digestivo.
  • Aveia – rica em fibra, mas pouco usado por conta do preço, que costuma ser alto.
  • Cevada – também é rica em fibra e tem bastante betaglucano, porém seu valor nutritivo é menor que o do milho.
  • Bagaço e caldo de cana-de-açúcar – é mais acessível financeiramente, além de ter um bom valor nutricional.

De modo geral, um suíno chega ao peso ideal para o abate perto dos 140 dias de vida, pesando uma média de 110 quilos.

Fontes: Nutrimais; Agrolink; MF Rural; Aprenda Fácil Editora; Cursos CPT; e Revista Agropecuária.

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Conheça as principais raças bovinas de leite e saiba em qual investir

Pensando em investir em pecuária leiteira? É essencial conhecer as principais raças bovinas de leite.

O Brasil ocupa o terceiro lugar em produção mundial de leite, com uma média anual que ultrapassa 34 bilhões de litros.

Segundos dados do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 98% dos municípios brasileiros tem alguma produção de leite.

Acontece que, ainda hoje, esse tipo de atividade é predominante em pequenas e médias propriedades, e somadas significam um milhão de propriedades produtoras.

Projeções da Secretaria de Política Agrícola estimam que, em 2030, só irão permanecer no mercado os produtores mais eficientes, com boa gestão e abertos para as novidades tecnológicas.

Mas é preciso pensar que, além disso, quem deseja investir em pecuária leiteira deve ficar atento para escolher os animais certos, ou seja, os bovinos de leite de raça adequada a uma boa produção.

Além de investir em animais que tenham alta produção diária, é preciso pensar na qualidade do leite, e saber que a melhor raça para atingir seus objetivos fará toda a diferença.

Principais raças bovinas de leite

Uma curiosidade é que o sistema produtivo escolhido deve se enquadrar com a raça das vacas.

Em confinamento, onde se busca a produção máxima dos animais, são mais indicadas as vacas de maior porte. Já em sistemas em que o animal está solto e vai até o alimento, o ideal são vacas medianas, com produção um pouco menor.

Independente da raça bovina de leite que for criada em sua propriedade, é fundamental não se esquecer da boa nutrição.

A Nutrimais pode ajudá-lo com o +Leite, um suplemento mineral para mistura, destinado aos bovinos de leite de todas as idades e em todas as suas fases de criação. Associado aos aditivos probióticos e prebióticos (beta glucanas, mananoligossacarideos e glucomananos), levedura seca de cana-de-açúcar, aminoácidos, macro e microminerais, ele deve ser fornecido aos animais depois de misturado ao sal branco, mineral, proteinado ou concentrado, na proporção que garanta o consumo de oito a 20 gramas do suplemento por animal/dia, ou conforme orientação técnica.

Conheça as principais raças bovinas de leite:

  • Holandesa – conhecida mundialmente por seu potencial de produção de leite. Sua pelagem é branca e preta ou branca e vermelha. Sua produtividade é alta, variando entre seis e dez mil quilos em 305 dias de lactação.

As de alta produção, que podem ser encontras em exposição, chegam a produzir 62 quilos por dia.

Apresenta úbere com boa formação e grande capacidade. Sua primeira cria pode acontecer aos dois anos de idade, sendo muito utilizada em cruzamentos, transmitindo excelentes atributos às novas linhagens.

As holandesas não se adaptam muito bem em locais com alta temperatura, que tenham pastagens sazonais.

  • Jersey – é uma raça de bovino leiteiro mais rústica e precoce, se adaptando melhor as altas temperaturas, tendo menos instabilidade na produção de leite.

Sua pelagem varia do amarelo-claro ao pardo escuro e seu úbere é quadrado e volumoso, com tetos pequenos.

Pode gerar um bezerro a partir de um ano de vida e sua produção de leite, diária, varia entre 18 e 20 quilos. Sendo que a produção em 305 dias de lactação varia de 3.500 a 5.500 quilos.

  • Gir – de porte médio a grande, tem pelagem variada e boa adaptação em locais de alta temperatura.

Sua pelagem pode ser bastante variada, sendo uma raça de bovino leiteiro muito utilizada nos cruzamentos de linhagens.

Acidose ruminal pode interferir na produtividade do animal

A produtividade média de leite é de 3.250 quilos em 305 dias, com e úbere e tetos pendulosos.

  • Girolando – se originou do cruzamento entre a Gir e a Holandesa, resultando em rusticidade, precocidade sexual e longevidade.

Se adapta bem a diferentes climas e tem manejo facilitado. A produção de leite varia entre 5.061 e 5.671 quilos em 305 dias.

  • Pardo Suíço - rústicos, apresentam pelagem que varia de parda clara a cinza escura, tendo aptidão para carne e leite. Produz uma média de 2.500 quilos de leite em 200 dias de lactação.

Com alta fertilidade, o primeiro parto da fêmea é perto dos 30 meses. Suporta bem o estresse térmico, apresenta úbere bem desenvolvido e tetos de tamanho mediano.

  • Guzerá - é uma raça de bovino usado para leite e carnes. São animais rústicos e adaptáveis, com chifres em forma de líria. Seu pescoço e parte traseira são acinzentados.

Com alta fertilidade, pode gerar um bezerro a cada 13 meses. Outro diferencial é que produz leite do tipo A2, que causa menos alergia às pessoas. Sua produção média é de 2.350 quilos de leite em 290 dias de lactação.

  • Sindi - indicado para regiões expostas a períodos de seca onde os recursos de alimentos são mais baixos.  

De porte pequeno, tem pelagem vermelha indo do tom mais escuro até um alaranjado com pintas brancas. Sua produção de leite tem média de 2.260 quilos em 250 dias.

Fontes: Nutrimais; Fundação Roge; Nação Agro; Prodap; Revista Agropecuária; e Sistema Mais Leve.

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Acidose ruminal pode interferir na produtividade do animal

A acidose ruminal é uma doença metabólica que se apresenta com certa frequência nos bovinos, tanto de leite quanto de corte.

Sua causa principal é a diminuição do pH do rúmen que, em grande parte das vezes, acontece quando a dieta não está equilibrada como deveria, apresentando uma quantidade maior de carboidratos, como açúcares e amidos, e menos componentes fibrosos.

Os profissionais da Nutrimais Saúde Animal alertam que, quando se trata de confinamento de bovinos, há uma discussão comum sobre esse ambiente ruminal, o pH e o risco de acidose, sendo comum a queda do pH ruminal em bovinos confinados, exatamente pela alta densidade energética da alimentação.

Mas eles explicam que o crucial é saber o que fazer para minimizar essa queda, que leva à acidose ruminal, e um fator decisivo é a composição nutricional da dieta, principalmente no que diz respeito aos carboidratos fermentáveis no rúmen.

No entanto, existem outros aspectos tão importantes quanto esse, que afetam o ambiente, entre eles está o fato de ter uma boa adaptação, uma mistura adequada e várias práticas de manejo.

Qualidade do leite: Saiba quais ações do cotidiano podem melhorá-la

A manutenção do consumo de matéria seca em níveis elevados, para animais em confinamento, é uma arte que a maioria ainda não domina, porque desconhece os princípios que regem esse consumo.

Por isso, é fundamental contar sempre com a orientação de um profissional qualificado, que poderá acompanhar essa alimentação e ir equilibrando conforme a necessidade.

A acidose ruminal, também conhecida como acidose lática, é causada por um desequilíbrio entre a produção de ácidos no rúmen, a partir da fermentação ruminal de carboidratos não estruturais. 

Animais que sofrem com a acidose ruminal apresentam o problema de forma aguda, onde se identifica uma alta concentração de ácido lático no rúmen.

Além dos bovinos em confinamento, que estão em fase de terminação, a acidose ruminal é comum em vacas leiteiras, quando há insuficiência de tamponantes e alcalinizantes na dieta, como é o caso da saliva produzida pela ruminação.

Acidose Ruminal

Uma das formas de equilibrar a alimentação dos bovinos, evitando a acidose ruminal, é aumentando o consumo de forragens, pois animais que tem a base da alimentação nas forrageiras, dificilmente apresentam o problema.

Isso acontece porque as forragens, em geral, contêm altas concentrações de fibra, que é um elemento digerido de forma lenta no rúmen, evitando a produção de ácido lático.

Já o excesso de consumo de grãos e concentrados faz exatamente o processo oposto, desregulando o sistema digestivo e causando a acidose ruminal.

Em um primeiro momento, os produtores podem não se preocupar muito com essa indisposição dos bovinos, mas acabam tendo que fazer algo a partir do momento que eles começam a rejeitar os alimentos e perder peso.

Quando o quadro de acidose ruminal é instalado, os sintomas costumam se manifestar entre 12 e 24 horas após a ingestão do alimento.

Fique atento para o inchaço do rúmen e a inquietação dos animais causada pelas cólicas.  No caso das vacas leiteiras, isso leva a uma queda da produção de leite.

Outro sintoma comum é a diarreia, de odor ácido e com coloração mais escura. E quando a acidose ruminal se apresenta de forma mais grave, leva os bovinos a uma apatia e fraqueza, apresentando até mesmo dificuldade para andar.

O diagnóstico se dá pela avaliação dos sinais clínicos, que devem ser alinhados com o histórico da alimentação.

Prevenção e Tratamento da Acidose Ruminal

A melhor forma de prevenir a acidose ruminal é evitando que os animais consumam grandes quantidades de grãos, e se eles estiverem presentes na dieta, que sejam introduzidos de forma gradual, para a melhor adaptação do organismo.

Lembre-se sempre de alinhar o manejo nutricional, pois a acidose depende do balanço entre produção e neutralização de ácidos orgânicos.

Para não cometer erros comuns lembre-se que, se a fonte de energia for baseada em milho e sorgo, existe um risco grande de acidose ruminal, mesmo se a fibra da ração for de partículas pequenas.

Alguns aditivos podem ajudar nesse equilíbrio alimentar, evitando quadros de acidose ruminal, entre eles estão às leveduras.

Pesquisas mostram que produtos à base de leveduras vivas estimulam o crescimento de microrganismos utilizadores de ácido lático, levando a uma estabilização do pH ruminal.

Para os animais que já estão com quadros de acidose ruminal, os cuidados incluem hidratação, que as vezes pode ser feita através de medicação venosa, dependendo da gravidade do caso.

Outra necessidade é oferecer uma alimentação baseada em volumoso, onde os grãos poderão ser novamente introduzidos de forma gradativa.

Além disso, é preciso fazer o animal evacuar o que foi ingerido e causou o problema.  Para controlar a crise, se for um caso mais leve, bicarbonato ou carbonato de magnésio costumam ajudar e são indicados.

O consumo de água para os bovinos doentes deve ser restrito, pois uma grande quantidade de água pode causar distribuição dos fluidos corporais.

Esteja sempre atento para mudanças de comportamento dos animais e, sendo necessário, busque o auxílio de um profissional que possa examiná-lo e indicar o melhor tratamento. 

Fontes: Nutrimais; Milk Point; Prodap; Cursos CPT; e Educa Point.

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Dar banho em cavalos: entenda porque é tão importante

O banho deve fazer parte da rotina dos cavalos, respeitando as particularidades de cada raça e animal, para que essa ação possa levar benefícios à saúde dele, sem qualquer risco de prejudicá-la.

Cavalos que são atletas, ou os equinos em geral que enfrentam dias muitos quentes, especialmente os que atuam na lida do campo, recebem o banho como uma terapia que lhe proporciona bem-estar, auxiliando no resfriamento do corpo.

E mais do que isso, o banho tem um papel importante na saúde dos cavalos, pois ajuda a manter sua higiene, além de prevenir diversos problemas de pele que o excesso de sujeira e pó ajudam a desenvolver.

Sentir a água fresca caindo em seu dorso colabora no relaxamento dos animais, melhorando a sua qualidade de vida.

Mas esteja sempre atento para o momento certo de oferecer um banho aos cavalos, pois assim como a falta pode prejudicá-lo, o excesso também não é recomendado.

Avalie a necessidade de cada animal, a temperatura do lugar, a estação do ano e, tendo dúvidas, siga a orientação do veterinário que o acompanha e pode indicar os melhores momentos para um bom banho.

Cavalo de vaquejada precisa de nutrição adequada. Entenda o motivo

Além dos benefícios já citados, um cavalo que toma banho periodicamente também conquista outros, como:

  • Em equinos limpos fica mais visível o escore corporal;
  • Os chamados ectoparasitas, como piolhos e carrapatos, podem ser removidos mecanicamente através do banho;
  • Em cavalos higienizados é mais fácil visualizar machucados, feridas e cortes que podem precisar de algum cuidado;
  • Problemas como melanomas, edemas, verrugas e tumores, também ficam mais visíveis em cavalos que tomam banho, o que facilita o diagnóstico precoce e tratamento; e
  • Receber um banho é também uma forma de carinho e conexão entre o animal e o cuidador, o que reforça o vínculo e melhora ainda mais a convivência.

Banho dos Cavalos

Se você não está acostumado a dar banho em cavalos, acompanhe as dicas para fazer isso da maneira mais eficiente e segura:

  • Separe shampoo adequado para a espécie de cavalo, pente e/ou escova, raspador de suor, mangueira, balde, esponja e limpador de casco;
  • Para evitar acidentes, o banho deve acontecer em locais com piso adequado, com boa drenagem e sem o risco de escorregões;
  • Cavalos que nunca tomaram banho podem se assustar e recuar, então fique atento para que o cabresto não esteja amarrado e, caso necessário, peça a ajuda de alguém para segurar a corda, deixando o animal mais seguro e sem o risco de se machucar;
  • Limpe bem os cascos e a ranilha, assim as sujeiras aderidas a eles, como fezes, são devidamente eliminadas;
  • Antes de molhar o corpo, escove o animal para tirar o excesso de sujeira, assim evita-se a formação de lama e diminui a necessidade de shampoo e água;
  • Comece o banho pelas pernas, assim o corpo do cavalo se acostuma com a temperatura da água, evitando o choque térmico. Lembrando que a água pode estar em temperatura ambiente;
  • Remova as sujeiras que ficam entre as pernas, barriga e outras dobras da pele, assim evita-se as assaduras;
  • Espalhe bem o shampoo pelo corpo do cavalo, massageie bem e, depois, enxague com atenção, tirando todo o produto. Na sequência, utilize o rodo raspador, nas partes livres, para remover o excesso de água;

Cara do cavalo

  • Tenha atenção especial ao lavar a cara do cavalo. Uma forma de fazer isso é jogando a água da mangueira para cima, deixando-a cair, assim o animal consegue proteger suas orelhas;
  • Com o auxílio de um pente largo, aproveite para pentear a crina e cauda do cavalo, desembaraçando devagar, para evitar que o animal se estresse. Tenha cuidado durante o processo para não quebrar os fios e, caso seja necessário, é possível utilizar condicionadores específicos;
  • No momento de secar o animal, ainda que algumas pessoas optem por usar uma toalha, principalmente na parte da cabeça, existe o processo natural que os cavalos utilizam, após o banho;

Eles costumam rolar no chão, o que, além de ajudar a secar, também forma uma película com função termorreguladora. Para evitar que ele se suje logo após o banho a dica é cobri-lo com uma manta e levá-lo para um passeio, até que ele esteja seco;

  • Como o processo do banho pode demorar algum tempo, ter por perto uma tina com água, para o cavalo se hidratar durante o processo, é indicado.

E também fique atento para que o banho não aconteça em horário que ele está acostumado a se alimentar, pois a fome pode deixá-lo menos paciente.

Fonte: Nutrimais; Organnact; Revista Horse; e Vet Profissional.

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Bezerros correm mais risco de desenvolverem a fotossensibilização

Podemos definir a fotossensibilização em bovinos como uma reação exagerada que acontece em sua pele, devido à luz solar, associada à ação de toxinas presentes nas pastagens, principalmente as baquiárias.

Os chamados agentes fotodinâmicos apresentam uma configuração química, que absorve os raios ultravioletas, levando uma energia além do normal para as células ao redor.

E assim desenvolve-se a de dermatite, que libera histamina e resulta em lesão.

Quando falamos de fotossensibilização em bovinos, que é popularmente chamada de requeima, é preciso destacar que ela é mais comum na fase da desmama, em animais de até dois anos de idade, ou seja, os bezerros.

O risco também aumenta quando o animal tem pele clara, com pouca ou nenhuma pigmentação.

É importante ficar atento aos sinais clínicos, que podem variar de acordo com a gravidade da situação, entre eles estão:

  • Inquietação, com o animal sacudindo constantemente a cabeça e orelhas;
  • As orelhas podem ficar contorcidas e voltadas para cima;
  • Inchaço da barbela, que é aquela prega da pele que os bovinos têm no pescoço;
  • Diferentes graus de icterícia, que é a colocação amarelada da pele e mucosas;
  • Ressecamento intenso da pele, com predomínio nas regiões dos olhos, focinhos, orelhas, virilha, úbere, flancos, virilha e barbela;
  • Conforme o quadro de fotossensibilização em bovinos muda, acontece a formação de uma crosta nos locais afetados, podendo vir junto com o descolamento da pele;
  • Os animais começam a buscar locais que tenham sombra;
  • Acontece uma visível perca de apetite, que reflete diretamente no peso dos animais;
  • Conjuntivite bilateral, com lacrimejamento e dificuldade de lubrificar os olhos, podendo chegar à cegueira; e
  • Em alguns casos a fotossensibilização nos bovinos pode levar o animal a morte em dois ou três dias.

A fotossensibilização em bovinos pode ser:

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  • Primária – se dá pela ingestão de substâncias fotodinâmicas, entre elas a hipericina, que pode ser encontrada, além das braquiárias, no trigo sarraceno ou em outras plantas contaminadas por fungos.

Quando chegam aos vasos sanguíneos periféricos, essas substâncias se ativam ao receberem a luz que vem do sol, causando destruição e formação das lesões que são típicas da doença.

  • Secundária – pode ser chamada de hepatógena, e se dá quando alguma toxina, de qualquer origem, causa lesão no fígado, alterando seu funcionamento.

Com isso, o órgão se torna incapaz de produzir a filoeritina, que é fotossensível, desencadeando a fotossensibilidade em bovinos. Nesses casos, os sintomas costuma ser mais acentuados.

Fotossensibilização em Bovinos

O diagnóstico precoce evita que os casos de fotossensibilização nos bovinos, se tornem fatais.
Para isso é preciso acompanhar o histórico dos animais, possíveis sinais clínicos e, havendo suspeita, realizar exames laboratoriais.

Apenas um especialista é capaz de diferenciar a doença de outras parecidas, que também podem atingir o rebanho bovino.

O tratamento adequado será indicado com base na gravidade de cada caso, por isso cada animal deve ser tratado de forma individual.

Um dos primeiros cuidados em caso de fotossensibilização em bovinos é retirar o animal doente do local onde tenha luz do sol.

Deixe-o em área fresca, na sombra, com água limpa e abundante, e que fique distante da braquiária. 

Em geral são administrados protetores hepáticos, vitamina A que estimula a regeneração da pele, além de corticoides, pomadas cicatrizantes e protetor solar.

Embora não se saiba exatamente o que seria necessário para prevenir a fotossensibilização em bovinos, existem alguns cuidados que ajudam a diminuir os riscos:

  • Não oferecer braquiária aos animais mais jovens;
  • Fazer a diversificação da pastagem; e
  • Investir na desmama programada, podendo oferecer ao bezerro um bom e nutritivo pasto, que não seja de braquiária. 

Pecuaristas e pessoas que estão entrando para esse mercado devem ficar atentas para quadros de fotossensibilização em bovinos, além de várias outras doenças que possam afetar seu bem-estar.

Lembre-se que animais saudáveis, bem alimentados, hidratados e que vivem em condições de sanidade adequadas, produzem mais, o que leva a uma maior lucratividade.

Esteja atento a todo processo de manejo e mantenha sua equipe sempre treinada para lidar com o rebanho de forma adequada.

Quando existe o comprometimento do produtor, é possível controlar os casos de fotossensibilização em bovinos e proteger toda uma boiada.

Fontes: Nutrimais; Canal do Boi; Realh; A Lavoura; EducaPoint; e Aprenda Fácil Editora.

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Nada de hormônios em frango: ganho de peso vem da genética e nutrição

É muito comum ouvir falar sobre o uso de hormônios em frango, para que ele cresça e ganhe peso mais rapidamente, e assim possa ser comercializado, gerando lucro ao produtor.

Mas a verdade é que uma Instrução Normativa (IN) do Mapa - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento proíbe, desde 2004, o uso de hormônios em frangos.

Segundo a IN, é proibida a administração, por qualquer meio, na alimentação e produção de aves, de substâncias com efeitos tireostáticos, androgênicos, estrogênicos ou gestagênicos, bem como de substâncias ß­agonistas, com a finalidade de estimular o crescimento e a eficiência alimentar.

Essa prática é proibida no Brasil, Estados Unidos e países da União Europeia. Além de pensar na qualidade da carne da ave, a decisão também impacta diretamente o mercado internacional.

Não oferecer hormônios aos frangos funciona como uma estratégia de segurança alimentar, abrindo portas do mercado internacional, e foi o que aconteceu.

Atualmente o Brasil está no topo quando o assunto é exportação de carne de aves, especialmente a de frango.

Homogeneidade da mistura é fundamental para a boa absorção dos nutrientes

“O principal motivo dessa percepção do consumidor, do uso de hormônios na avicultura, se dá pelo rápido crescimento das aves em curto período de tempo, entre 42 e 50 dias”, avalia a Gestora de Área da Nutrimais Nutrição Animal, Camila Martins.

Ela pontua que além do uso de hormônios em frangos estar fora de uso, existe um monitoramento que acompanha a qualidade da carne. “O governo monitora a qualidade das carnes por meio do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes. O rápido crescimento dos frangos está relacionado ao melhoramento genético, combinado ao sistema de nutrição animal, com dieta enriquecida e balanceada. Tornando assim, a conversão alimentar bem mais eficiente”, conclui a gestora.

E falando em alimentação, a Nutrimais desenvolveu o +Aves, um concentrado destinado às aves, de todas as idades e em todas as suas fases de criação.

Associado aos aditivos probióticos e prebióticos (mananoligossacarideos e glucomananos), levedura seca de cana-de-açúcar, aminoácidos, macro e microminerais, sua recomendação de uso é que garanta o nível de inclusão de 250 mg por ave/dia, ou conforme orientação técnica.

Hormônios em Frango

Além das questões sanitárias e qualidade da carne, outros fatores inviabilizam o uso de hormônios em frango, entre eles estão:

  • O preço desse tipo de produto é excessivamente alto, o que impacta o processo produtivo, pois influencia muito no valor comercial das aves;
  • Os hormônios para frango devem ser diferentes para machos e fêmeas, o que levaria a uma necessidade de produção com sexos separados, mas no Brasil, cerca de 95% das granjas são mistas;
  • Seria inviável usar hormônios injetáveis nos frangos, pois além de necessitar de mão de obra capacitada, o tempo investido nesse processo seria muito grande, isso sem falar que geraria estresse nas aves; 
  • E como o intervalo de criação do frango, até que ele chegue ao abate, dura entre 40 e 50 dias, os hormônios não teriam tempo de fazer o efeito esperado.

Melhoramento Genético

A dúvida que sempre fica é: mas como pode um frango estar pronto para o abate em um período tão curto de tempo?

Embora atualmente se leva metade do tempo para abater um frango, em comparação a como acontecia no passado, não são os hormônios que proporcionam isso, mas o melhoramento genético.

Foi necessário investir muito tempo em estudos para conseguir essa padronização e eficiência reprodutiva.

O processo usa genes específicos de deposição de tecido muscular, e isso aumenta ao máximo a potência das aves para a conversão alimentar, onde as proteínas ingeridas, rapidamente se transformam em músculos.

Para chegar a esse resultado é preciso fazer o cruzamento de raças puras, que alinhem o desenvolvimento muscular e eficiência alimentar.

A ordem é: nada de hormônios em frangos, e para isso, além do processo genético é preciso também um cuidado especial na granja, com controle de temperatura e umidade, oferecer água de qualidade e alimentação balanceada e adequada a cada fase de crescimento.

Existe o momento certo para ofertar mais proteínas, ou carboidratos, aliados ao desenvolvimento do tecido muscular ou engorda.

Isso sem esquecer de seguir protocolos de sanidade na granja, protegendo assim a saúde das aves.

Se você está iniciando na área de produção de aves, ou já atua no segmento e não tem alcançado bons resultados a dica é: conte sempre com a orientação de um profissional capacitado, que poderá detectar onde está a falha e como fazer para saná-la.

Fontes: Nutrimais; VetJr; Avicultura Blog; Imepac Centro Universitário; e UOL

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Impressão digital do boi: Focinho funciona como uma biometria animal

Uma das novidades esperadas para 2022 é a possibilidade de fazer o rastreamento dos bois pelo seu focinho, que é sua impressão digital.

“Através de pesquisas, empresas descobriram que o focinho é a impressão digital do boi. O focinho tem características morfológicas singulares que se mantêm inalteradas durante todo o ciclo de vida do animal. Com isso, uma startup está desenvolvendo um aplicativo de biometria animal, com 93% de precisão, para substituir brincos, chips e marcações a ferro”, explica a gerente comercial da Nutrimais, Andressa Vieira.

Ela acrescenta que “esse algoritmo de inteligência artificial será apto para formar uma identidade única e permanente do animal, usando uma fotografia do celular”.

Essa possibilidade de identificar o boi pela sua impressão digital será muito positiva para a cadeia produtiva da pecuária, já que a falta de rastreamento provoca uma série de problemas para pecuaristas, bancos, frigoríficos e seguradoras.

Ações como vistoria de propriedades rurais, com o objetivo de monitorar tanto rebanhos segurados quanto os usados como garantias em financiamentos rurais, serão facilitados.

E mais, no tocante aos frigoríficos, a impressão digital do boi garante a segurança de estar adquirindo gado rastreado e originário de fazendas livres de desmatamentos.

A pesquisa foi coordenada pela startup Databoi, que é a responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, e teve a parceria do CPQD - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações.

O trabalho conjunto concluiu que o focinho é a impressão digital do boi, porque assim como as digitais dos dedos humanos ele tem características únicas em cada animal, as quais não sofrem mudanças durante a vida.

Aplicativo para rastrear impressão digital do boi

O aplicativo é uma forma de usar essa descoberta, alinhada a uma pesquisa realizada pela ABMRA - Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, que apontou que segundo o qual 61% dos produtores rurais têm acesso à internet, 96% possuem celular e 61% usam smartphones.

Então a solução para essa rastreabilidade dos animais era aliar a impressão digital do boi com imagens que possam ser feitas pelo celular, e acessadas com o auxílio da tecnologia atual.

Embora a pecuária seja um dos braços do agronegócio, ainda hoje não há um banco de dados preciso sobre quantos bois existem no país, ou mesmo em uma grande propriedade.

Com o uso desse algoritmo uma das possibilidades é acelerar o processo de digitalização da pecuária bovina no Brasil, com base na leitura dessa impressão digital do boi, que é o focinho.

Estima-se que, até o final do ano, o aplicativo já possa ser colocado em fase de teste e, em seguida, ser liberado para o uso comercial.

Impressão Digital do Boi

Com a novidade tecnológica, além de registrar a impressão digital do boi é possível mostrar o ponto de geolocalização, facilitando o controle ambiental.

A partir disso é feito um cruzamento de dados de georeferenciamento, que alia fontes públicas e privadas, facilitando assegurar o cumprimento das normas ambientais nas propriedades que utilizarem o aplicativo. 

O sistema se torna mais seguro contra fraudes, pois com a imagem do focinho são usadas características únicas.

Toda tecnologia requer um investimento, mas os desenvolvedores dessa biometria animal garantem que o método será acessível, já que não cobra nada do pecuarista no processo de digitalização.

Dados sobre o animal como sua rotina de vacinas, possíveis doenças que já teve, que tipo de alimentação consome e em qual quantidade, qual a matriz e reprodutor que deram origem a ele, poderão ser acompanhados.

E com isso gerar métricas sobre ganho médio de peso e a produtividade do rebanho. Além da vantagem de ter tudo na palma da mão, facilitando um controle remoto da propriedade.

Genética e cuidados especiais são fatores que influenciam a engorda do boi

O agronegócio já tem visto esse movimento de aliar inteligência artificial, algoritmo e aplicados, para gerar uma gestão mais assertiva, que agora ela poderá ser empregada de forma mais efetiva para o controle da pecuária.

Usar a impressão digital do boi também é uma forma que garantir seu bem-estar, pois diferente das outras formas de controle, como chip, brinco e marcação com ferro, não é preciso aplicar nada para a identificação do animal, o que sempre gera algum desconforto.

Além da preocupação com uma melhor qualidade de vida dos bovinos, o mercado tem buscado produtos de origem comprovada, que sejam rastreáveis, e isso será facilitado pelo uso da impressão digital do boi.

Atualmente, a rastreabilidade dos bovinos, quando feita de forma individual, engloba menos de 5% do rebanho nacional.

Fontes: Nutrimais; Globo Rural; Canal Rural; Milk Point; Revista Oeste; e Digital Agro.

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